Dia 22 – De Montevideo a Colonia del Sacramento, Uruguai
{Sábado, 16 de março de 2019} Acordamos em Montevideo com o cheirinho de café sendo preparado pela Solange, filha do senhor Mario, que também dá nome ao Chez Mario et Solange.
Tomamos um banho quentinho e fomos até a sala do café da manhã, onde eles conversavam com um hóspede da República Tcheca.
Nos sentamos na mesa para tomar café e entramos na conversa, afinal falavam sobre viagem, nosso assunto preferido.
Ele nos contou um pouco sobre o país dele, destacando que valia a pena visitar as cidades menores, pois as cidades grandes são como qualquer outra do mundo. Que o país é pequeno e fácil para ir de um lugar para o outro.
Humm, acho que colocamos mais um país na nossa lista de destinos para visitar antes de morrer.
Se você prefere ler, continue o post. Se prefere vídeo, o vlog você encontra abaixo, é só dar o play. Aproveita para seguir o canal 🙂
Depois do café, arrumamos as malas e o Sr. Mario e a Solange nos acompanharam até o carro, eles queriam conhecer a nossa campervan.
Ficaram apaixonados e impressionados que nós fizemos tudo com nossas próprias mãos. Nos despedimos com um até breve.
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Pé na estrada novamente, ops, ainda não. Antes vamos passar no Palácio Salvo e no Museo dos Andes.
No Palacio Salvo tem visita guiada, mas com limite de pessoas por grupo e horário agendado. Chegamos as 10h mas só tinha vaga para o grupo das 12h. Compramos os ingressos, $ 250,00 pesos uruguaios/cada (aprox. 30,00 cada).
Como tinhamos duas horas de espera, fomos até o Museu dos Andes, que é pertinho e da para ir andando. No caminho vimos uma lugar que chama Café Brasileiro que chamou nossa atenção e pensamos em voltar depois.
Museu dos Andes 1972
No Museu dos Andes 1972, fomos recepcionados pelo curador da exposição, nós e um casal da Austrália. O curador nos explicou um pouco do que encontraríamos ali e nos levou até uma sala onde assitimos a um video curto que conta um pouco da história do museo e da tragédia dos Andes.
Esse museu é dedicado à memoria das 29 pessoas que faleceram nos Andes depois de uma queda de avião.
O prédio foi erguido sobre ruínas que datam da época de fundação de Montevideo, em torno de 1735. Os muros principais tem 60 cm de espessura.
Mas você sabe o que foi a tragédia dos Andes? Em 1972 um avião com 45 pessoas a bordo caiu na Cordilheira dos Andes a quase 4000m de altitude. Os passageiros que sobreviveram à queda se viram presos por uma nevasca, sem comida, sem água, sem roupas apropriadas para temperaturas abaixo de -30ºC. Apenas 16 sobreviveram, mas depois de vários dias e de uma incrível experiência de sobrevivência.
O Museu dos Andes não é um lugar para ver apenas as peças reais dessa tragédia, é um lugar para entender um pouco sobre sobrevivência, resistência, resilência, necessidades e humanidade. É se colocar no lugar daqueles que passaram 72 dias isolados do mundo, tentando sobreviver com fome, dor, sofrimento e desespero.
É um dos lugares em Montevideo que você precisa visitar com calma para ler as cartas dessas pessoas que passaram por essa tragédia, ler as informações e entender tudo o que aconteceu nos Andes, assim como a importância de cada um que perdeu sua vida ali.
O tempo passou voando, queríamos passar ainda no Café Brasileiro, mas já estava quase na hora do nosso tour pelo Palácio Salvo.
Andamos o mais rápido que podiamos e conseguimos chegar a tempo e ainda tivemos uns minutinhos para sentar e descansar na recepção.
Palácio Salvo
Ainda do lado de fora do prédio, a guia nos contou um pouco da história e da construção do Palácio Salvo. Inicialmente ele foi construido para ser um hotel, até funcionou com essa finalidade por alguns anos, mas depois virou um edificio comercial na parte inferior e residencial na superior.
Entramos no elevador e fomos até o último andar, depois subimos alguns degraus e lá estavamos nós no topo do Palacio Salvo.
Daqui a vista é de 180º da cidade, com uma vista bonita para o Centro Histórico e para o Rio da Prata. Nada espetacular, mas interessante e bonita.
O mais interessante mesmo aqui é a arquitetura e sua história. O arquiteto é o mesmo de Palacio Barolo de Buenos Aires, já contamos sobre ele aqui no blog, lembra?
No Palacio Salvo pudemos visitar um dos apartamentos, que hoje é a lojinha de souvenirs com itens do próprio local, da cidade de Montevideo e do Uruguai.
Os apartamentos foram adaptados do que eram os quartos do hotel, mas até que são bem espaçosos.
A visita durou em torno de uma hora. Vale a pena se você gosta de ouvir histórias sobre os destinos que visita e ver a arquitetura. Caso contrário, talvez você não vá gostar tanto.
Café Brasileiro
Hora de ir visitar o Café Brasileiro. Como já era hora do almoço, pedimos comida mesmo. Mas não se empolgue, brasileiro é só no nome, porque os pratos são mesmo uruguaios.
Eu tomei uma sopa de ervilhas e o Douglas foi de Croissant de queijo e presunto.
A comida é boa, mas nada extraordinário que faça valer a pena visitar, pois o valor não é dos mais baratos. Talvez você encontre opções melhores ao redor.
De Montevideo à Colonia del Sacramento
Agora sim, pé na estrada rumo a Colonia del Sacramento.
Estavámos ansiosos para conhecer essa cidade. Vimos muitas fotos e nossa professora Andrea, da faculdade de Turismo e Hotelaria falou tão bem da cidade que ela já estava na nossa lista faz alguns anos.
Chegando em Colonia del Sacramento, uma primeira surpresa, a cidade é bem maior do que imaginávamos.
Fomos direto para o centro histórico. Estacionamos o carro e fomos explorar a cidade antiga a pé.
Andamos pela Rambla à beira do Rio da Prata até chegarmos em uma ponta com uma bandeira enorme do Uruguai hasteada.
Dali avistamos um farol e fomos andando em direção a ele. Já estava fechado, pois era umas 17 horas.
Continuamos andando pelas ruas do centro histórico sem pressa e sem rumo, vagando pelas suas charmosas casas coloniais.
Museu Português
Vimos uma portinha aberta e fomos conferir o que era. Descobrimos ali o museu do período histórico da colônia portuguesa.
Bem pequeno, mas bem interessante. O museu conta a história da colonização e também sobre a influência e relacionamento do Brasil com o Uruguai.
Você sabia que a região das Ruínas de São Miguel pertenciam ao Uruguai e essa região de Colônia de Sacramento era parte do Brasil?
Aconteceu um acordo diplomatico em que os países fizeram uma troca de terras e por isso hoje a geografia dos países são como conhecemos.
A visita a esse museu deixou a cidade ainda mais interessante.
Por do sol em Colonia de Sacramento
Andamos mais um pouco pelas ruelas de Colonia del Sacramento e voltamos para o carro, pois o sol já estava começando a se por e queríamos ver esse espetaculo de frente para o Rio da Prata.
E valeu muito a pena, foi lindo demais. As cores são impressionantes, ainda mais quando os raios do sol tocam a água. Ficamos ali aproveitando até o sol dar lugar à lua.
Chivito
Para o jantar fomos atrás do tal de chivito, um prato típico uruguaio. Encontramos em um restaurante perto da praça, Anjo Preto.
O chivito é parecido com o xis gaúcho, tem carne, tomate, alface, queijo, presunto e é servido no pão acompanhado de batatas fritas. Enorme e gostoso.
Primeira noite na campervan em local público
Para dormir fomos em uma área aberta onde as campervans e motorhomes costumam pernoitar em Colonia del Sacramento.
É um gramadão perto do Rio da Prata que é próximo ao centro de informações turísticas, por isso é um lugar bem procurado, pois tem banheiro 24 horas. Uma vez que não temos banheiro no carro, é uma necessidade ficarmos próximo de um.
O lugar parece tranquilo para dormir, mas no próximo post conto pra você como foi passar a noite
Quer saber mais sobre essa viagem? Confira esse post aqui melevadeleve.com/viagem-de-carro-pela-america-do-sul
Números do dia:
Distância percorrida: 184 km
Tempo: 2h30 rodando de carro.
Combustível: R$0,00.
Pedágios: $ 200,00 pesos uruguaios. (aprox. R$ 23,00).
Alimentação: O almoço $390,00 (aprox. R$ 45,00). Jantar $836,90 pesos uruguaios (aproximadamente R$ 100,00).
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