Dia 121 – De Cafayate a Salta pela Ruta 68
{Domingo, 23 de junho de 2019} Cafayate, dia de enfim seguir adiante. Ficamos na cidade mais do que previmos, pois tivemos que trabalhar mais e também porque a cidade nos surpreendeu.
Pela manhã saímos de Cafayate com destino a Salta pela Ruta 68. A distância é de 193 km e percorremos em 9h30.
Nove hora e meia para menos de 200 quilômetros?! Siiiim. É porque nesse trecho está a inacreditável Quebrada de las Conchas.
De Cafayate a Salta são duas opções de rota, pela Ruta 68 ou pela Ruta 40. Quem já ouviu falar na Ruta 40 quer percorre-la em toda a sua extensão, mas não cometa esse erro. Tem horas que desvios são muuuuito recomendados.
Reserva Natural Quebrada de Las Conchas
Na Ruta 68 está a Reserva Natural Quebrada de Las Conchas, que faz o caminho entre Cafayate e Salta ser imperdível.
São várias paradas pela estrada ao longo de uns 30 km, tudo de fácil acesso e gratuito.
Essa reserva teve origem a partir do rompimento de grandes lagos que ficavam nas montanhas. E as águas desceram e foram escavando e abrindo caminhos pelas montanhas, formando assim as ‘quebradas’ que em português significa cânions.
O tom avermelhado é devido a um componente chamado óxido ferroso. E aqui nessa reserva foram encontradas conchas e fósseis que deram origem ao nome de Quebrada de Las Conchas
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Mirante da Ruta 68
Nossa primeira parada foi no Mirante da Ruta 68. Subimos um morrinho em uma trilha fácil e de lá avistamos um pouco da paisagem que nos aguardava pelos próximos quilômetros até Salta.
Gente, é de cair o queixo!
Los Colorados
Los Colorados (Os Vermelhos) é uma das quebradas que nos disseram ser imperdível por ser um lugar com formas, texturas e cores surpreendentes.
A entrada fica bem na estrada, havia algumas placas por ali, nada muito chamativo. Mas nem precisa. As cores e formas dos enormes paredões de pedra foram o que chamaram a nossa atenção.
Não existe placa ou indicação clara de trilha com informações sobre o lugar, então ficamos um tempo andando pela quebrada de Los colorados meio que seguindo as pegas no chão.
O Sol estava cada vez mais forte e a fome começou a bater.
Se tivéssemos mais tempo e o sol não estivesse tão forte, iríamos explorar mais além da parte visível da entrada.
Almoço na estrada
Almoçar na estrada já é parte da rotina. Quando a fome bate a gente encosta o carro em um lugar legal e come ali mesmo.
Preparamos no carro um belo sanduíche com pão criollo (tipo massa folhada mas fofinha) e salame que compramos em uma padaria em Cafayate.
Estava bem gostoso e a vista para Los Colorados deixou o almoço com cara de piquenique.
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Las Ventanas
Alguns quilômetros a frente paramos em Las Ventanas, outro lugar impressionante dessa estrada.
Aqui a amplitude térmica, a chuva e o vento esculpiram nas rochas formatos que parecem janelas.
Tem uma janela “aberta” que é a atração principal. Dá pra caminhar até perto e lá foi o único lugar que vimos uma placa de proibido subir.
Mas tinham várias pegadas que pareciam recentes, então o pessoal não respeita muito. Uma pena, porque algum turista pode danificar essa escultura que levou milhares de anos para ficar assim. Fora que é arriscado né.
Olhando bem, decidimos não arriscar, pois a estrutura realmente não parece segura e o tombo lá de cima seria grande e planejamos terminar essa viagem sem precisar acionar o seguro viagem.
Aviso!
Como a maioria dos carros estava com bastante pressa na Ruta 68 e nós estávamos mesmo para admirar a paisagem, paramos no acostamento e escrevemos uma mensagem na lataria do carro.
Hehehe. Bem no estilo ‘sou turista mesmo!’
Mirador Tres Cruces
Quando chegamos em Tres Cruces tinham dois casais brasileiros viajando de moto.
Apenas cumprimentamos, pois eles estavam de saída, mas eles anotaram o nosso instagram e entraram em contato depois. Foi bem legal. Quando nós postamos a foto, ele comentaram que nos viram lá.
Subimos uma escadaria e lá do alto tem uma vista linda para a Quebrada de Las Conchas. Dá para ver a estrada que percorremos e o rio.
O vento estava super forte e o sol, implacável.
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Anfiteatro
Mais uns quilômetros pela Ruta 68 e chegamos ao Anfiteatro, um lugar realmente especial, feito caprichosamente pela natureza.
Aqui pelo que percebemos é um dos pontos que mais recebe excursões de turistas vindo de Salta.
Logo na entrada uma barraquinha, dos indígenas que cuidam do lugar, vendendo tortilla com queijo, que não resistimos pelo cheirinho. $ 50 pesos, cerca de 5 reais, mas olha o tamanho!
Uma corda impede que carros passem de um certo ponto e ao lado uma caixinha que pede uma contribuição para os visitantes. Mas não tem estrutura nenhuma pela caminho, como banheiros por exemplo.
Não muito como explicar esse lugar. É bem um anfiteatro mesmo. Um paredão circular de dezenas de metros de altura, com o centro aberto.
Um senhor estava tocando uma linda canção no violão, que ecoava pelas paredes, e com a acústica do lugar, parecia enfeitiçar nossos ouvidos.
A altura, cores e o formato nos deixaram impressionados como a natureza cria coisas tão incríveis e perfeitas.
Ficamos em torno de uma hora por ali, pois a cada 10 minutos chegava uma excursão com uns 20 turistas, que ficava uns 5 ou 10 minutos. Queríamos uma foto perfeita, sem ninguém.
Garganta do Diabo
Poucos metros adiante do Anfiteatro está a Garganta do Diabo. Aqui precisa fazer uma pequena caminhada, curtinha. E ao longo do caminho alguns artesãos vendem suas artes, como no Anfiteatro.
Quando chegamos de frente para a Garganta do Diabo e vimos o seu tamanho comparado as pessoas que ali estavam, percebemos a grandeza de Quebrada das Conchas.
Aqui poderíamos admirar de um ponto, ou andar por dentro da garganta, escalando uma parede. Decidimos observar dali mesmo, pois a cara das pessoas que iam e voltavam parecia de decepção. Então, melhor ficar por aqui mesmo, a vista deve ser melhor daqui.
Fora que já estávamos cansados do calor e das pequenas trilhas que percorremos durante o dia. Mas valeu a pena a parada para admirar.
Mirantes Las Conchas
Além das paradas nos pontos mais conhecidos, também paramos em alguns lugares que pareciam mirantes e dava para admirar a paisagem do lugar.
Tem vários ao longo do caminho, só precisa cuidado para não parar em qualquer lugar, pois alguns motoristas costumam andar muito rápido pelas curvas sinuosas da Ruta 68.
Salta
Chegamos em Salta a noite. A cidade é enorme e ficamos um pouco com receio de dormir em qualquer lugar. Alguns viajantes nos recomendaram uma praça num bairro fora do centro, mas por causa do banheiro, decidimos procurar um posto.
Fomos em alguns postos mas nenhum com espaço para estacionar o carro para dormir ou onde nos sentíssemos seguros.
Como estávamos com fome, aproveitamos para jantar no YPF que tem uns pratos baratinhos e gostosos.
Fomos para a tal praça e tinham alguns viajantes estacionados. Paramos por ali e arrumamos o carrinho no modo casa para descansar e dormir, pois amanhã temos passeios pela cidade.
O começo da noite foi um pouco tenso, mas depois de uns minutos nem lembramos mais que estávamos estacionados na praça.
Quer saber mais sobre essa viagem? Confira esse post aqui melevadeleve.com/viagem-de-carro-pela-america-do-sul
Números do dia:
Distância percorrida: 193 km em 9h30.
Alimentação: $ 650 pesos argentino (aprox. R$ 65,00)
Doação entrada anfiteatro: $ 50 pesos argentino (aprox. R$ 5,00)
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