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Dia 118 – Segundo dia em Cafayate

{Quinta-feira, 20 de junho de 2019} Cafayate, Argentina.

Hoje é feriadão de Corpus Christi e parece que o corpo sabia e não queria fazer nada. Estávamos cansados dos mais de 1.200 km que percorremos nos últimos dias.

Aproveitamos que estamos no camping Luz y Fuerza e pela manhã fizemos uma faxina na casinha.

O tempo estava bom, era o que precisávamos para arrumar tudo.

Ao meio dia resolvemos cozinhar ali no camping mesmo, num espaço com mesas e bancos, mas tivemos um problema com o fogão.

Segundo dia em Cafayate - Camping Luz y Fuerza

O gás estava escapando pelo botão da boca direita. Tanto que até dava pra acender o fogo no botão rsrs.

Procuramos no Dr. Google, mas não encontramos uma solução. Também não encontramos ninguém na cidade para arrumar, porque é feriadão.

O jeito foi sair para almoçar. Só que para isso, temos que mexer no carro todo, para colocá-lo no ‘modo carro’. É que havia muitas coisas nos bancos, para sobrar espaço atrás.

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Onde comer em Cafayate

Ontem quando chegamos, percebemos que ao redor da praça tem uma concentração de restaurantes, então pra lá que fomos.

Alguns ainda estavam fechados, por conta do feriado, e tinha aviso que só abriria a noite ou no dia seguinte. Mas alguns poucos estavam abertos. Fomos andando e olhando os menus, analisando os preços.

Acabamos escolhendo um restaurante que servia pizza, o El Zorrito. Sabe quando você anda em uma área turísticas e os garçons ficam tentando te convencer a escolher o restaurante deles? O garçom desse restaurante fez uma boa propaganda da pizza e nos dispomos a provar.

Escolhemos uma pizza grande, meia vegetariana (cebola, azeitonas pretas, berinjela, pimentão e champignon) e meia andina (quinoa, azeitona preta, queijo de cabra e tomate).

Onde comer em Cafayate - restaurante El Zorrito

E olha que valeu a pena. Não sei se era a fome, mas a pizza estava gostosa e de quebra ganhamos algumas dicas do que fazer na cidade.

O que comprar em Cafayate

Ali na praça principal de Cafayate tem algumas feirinhas de artesanato. Hoje algumas lojinhas estavam fechadas, mas a maioria estava aberta. Então aproveitamos para bater perna por lá.

Compras em Cafayate

São lojas de artesões locais e cada um deles utilizam um dos elementos da natureza da região para criar sua arte, como a madeira do cactus, lã de vicunha, pedras e barro.

Nós não sabíamos que cactus tem o interior de madeira, como uma árvore. Por causa dos mini cactus de casa, que são macios, nem imaginávamos que os grandes são assim.

E olha que legal que fica um artesanato com forma de cactus feito com a madeira dele mesmo.

Souvenir de Cafayate

Tem peças lindas com preços bem acessíveis. Confesso que deu vontade de comprar várias coisas, mas temos pouco espaço na casinha. Então temos que nos controlar.

Lembranças de Cafayate

A cerâmica também é uma especialidade da região e encontramos cada peça linda.

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Sorvete de vinho

Depois de passear pelas feirinhas de artesanato, descobrimos que na cidade tem sorvete de vinho e fomos atrás. Provamos o de Torrontés, que é o principal vinho produzido na região, e o de Cabernet.

Bem diferente, né.

Sorvete de vinho - Cafayate

Os dois são bons, mas o de Torrontés é o melhor, na nossa humilde opinião de provadores de sorvete a mais de 30 anos.

Existe remédio para intolerância à lactose na Argentina?

Passamos na farmácia pelo caminho para procurar pelo remédio para intolerância à lactose para o Douglas, pois o dele estava acabando. Mas aparentemente na Argentina nem conhecem a existência desse tipo de remédio.

Ao explicar o que é e para que serve, os farmacêuticos falam para evitar leite e derivados. Gente, isso eu sei!! Quero o remédio justamente para poder comer queijos!!

Então se você tem problemas com lactose, já leve suas pastilhas do Brasil para a quantidade de dias de duração da viagem. Nós levamos para quatro meses pensando em comprar o restante no caminho, mas não funcionou.

Melhor Locro da Argentina

Até a noite ainda não tínhamos conseguido arrumar o fogão, então voltamos para os restaurantes da praça.

O restaurante El Rancho chamou atenção por servir um prato típico local, chamado Locro. Pela descrição dos ingredientes me pareceu gostoso.

O Douglas optou pela massa, pois como ele é ‘italiano’ estava com saudades.

Não tinha visto a foto do tal do locro, mas quando chegou me surpreendi. Um prato bonito e cheiroso.

O locro é um cozido de milho, carne, mandioca, feijão graúdo e cebolinha. Uma delícia e o melhor que provei em toda Argentina. Sim, depois desse provei outros.

Prato típico da Argentina - Locro

O Douglas pediu nhoque com molho de tomate e carne de porco. Que também estava bom, mas garanto que o Locro estava muuuito mais gostoso.

A noite é bem fria por aqui, mas o céu é tão estrelado e lindo que vale a pena colocar uma roupa mais quentinha e até pegar um cobertor para apreciar um pouquinho as estrelas.

Voltamos para o camping para dormir.

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Números do dia:

Distância percorrida: 4 km
Alimentação: $ 935 pesos argentino (aprox. R$ 14,50)
Sorvete: $ 150 pesos argentino (aprox. R$ 15,00)
Camping: $ 300 pesos argentino (aprox. R$ 30,00)
Remédios: $ 85 pesos argentino (aprox. R$ 8,50)

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Julia Flores

Formada em Turismo e Hotelaria, com pós-graduação em Marketing Estratégico e experiência com marketing de destinos turísticos. Amo viajar, não pelos carimbos no passaporte ou pelas selfies, mas pelo o que as viagens me proporcionam. Gosto de praticar esportes, mas também adoro ficar de preguiça no sofá em dias frios ou chuvosos.