Dia 60 – Difícil dizer tchau para Torres del Paine – rumo a El Calafate
{Terça, 23 de abril de 2019} Acordamos quando ainda estava escuro, tomamos café da manhã e colocamos a casinha no modo carro.
A decisão de ontem de dormir mais uma noite aqui foi certeira. O dia promete boas fotos!
Foi difícil dizer tchau para Torres de Paine, um dos lugares mais incríveis que já visitamos.
O dia amanheceu lindo, céu azul, sol e nada de nuvens. A cada poucos quilômetros que andávamos, fazíamos uma parada para fotografar. Hoje as Torres estavam fotogênicas demais.
E pelo espelho retrovisor ficava olhando nos distanciarmos do Parque Nacional Torres de Paine que aos pouco foi sumindo. Com a certeza um dia voltaremos.
Andamos alguns quilômetros e conseguimos conexão de internet, mas só o tempo suficiente para avisar a família que estávamos bem e indo em direção à fronteira do Chile com a Argentina.
De Torres del Paine à Cerro Castilho
Uns 50 quilômetros depois de sair da portaria Laguna Amarga chegamos a Cerro Castilho, um vilarejo, onde paramos no primeiro restaurante que vimos.
Estávamos com fome de comida quentinha, pois os dias dentro do Parque Nacional foram de sanduíche, comida instantânea e besteirinhas (com exceção da ceia de Páscoa).
Pedi um prato parecido com hamburguer, só que ao invés de hamburguer eram tiras de carne, quase um churrasco no pão. O Douglas, como um bom japonês italiano, pediu macarrão a bolonhesa.
Estava tão gostoso que comemos tudinho, e olha que o prato era enorme. O Douglas limpou o molho com os pãezinhos, o restaurante nem precisou lavar o prato rsrs.
Deixamos a gorjeta e pedimos para deixar o lixo que produzimos no parque. É que é obrigatório carregar todo seu lixo gerado no Parque Nacional Torres del Paine e descarta-lo fora dali. E a garçonete descartou para nós e ainda deu mais três porções de manteiga. Ela disse que viu que gostamos.
Fronteira Chile-Argentina em Cerro Castilho
Entramos no carro e seguimos viagem, ops… Uns 10 metros a frente estava o posto de imigração e aduana do Chile.
Estacionamos, descemos do carro e o mesmo processo de sempre.
Balcão 1, imigração, apresentar passaporte e documento do carro.
Balcão 2, aduana, documento do carro e carteira de motorista.
E a atendente foi lá abrir a cancela para sairmos do Chile. Super rápido o processo.
Aduana e imigração Argentina
Andamos mais alguns quilômetros por estrada de terra e rípio até chegarmos no posto de imigração e aduana argentina.
Estacionamos o carro, descemos e fomos até lá. O primeiro balcão não tinha ninguém nem os papéis que preenchemos em outros postos de imigração, nos mandaram direto para o balcão dois em que estavam fazendo a imigração.
Apresentamos os passaportes e documento do carro. Foi rápido, só perguntou para onde estávamos indo e mandou seguir para o posto 3, aduana.
No posto 3 ficamos na fila esperando uns 10 minutos, pois não tinha ninguém, acho que a pessoa tinha ida almoçar.
Quando chegou pediu documento do carro e carteira de habilitação e alguns minutinhos nos liberou.
A mesma pessoa que nos atendeu foi lá fora abrir a cancela para passarmos. Ficamos olhando pelo espelho e ela ficou lendo as frases no carro enquanto passávamos a cancela. Também né, que frases legais rsrs
Estamos na Argentina novamente. EEEEE
Já falamos que é mais legal ser pobre na Argentina do que no Chile?
De Cerro Castilho a El Calafate
Nosso destino hoje é El Calafate que fica a 298 km da fronteira.
Logo depois da fronteira, a apenas alguns quilômetros, tem um posto de combustível. Ainda tínhamos o suficiente para chegar em El Calafate, mas melhor prevenir e andar com o tanque cheio.
Uns metros antes de entrar no posto, uma barreira policial. Muito educados, pediram documento do carro e carteira de habilitação. Conferiram os dados e informaram que o posto estava fechado que o próximo era só em La Esperanza, uns 80 km à frente.
Continuamos na rodovia quando vimos que tínhamos errado a entrada, o policial nos distraiu.
Pela Ruta 40?
Voltamos para seguir pela Ruta 40 e encontramos com o mesmo policial recolhendo os cones. Perguntamos se a Ruta 40 era por ali, falamos que erramos o caminho e ele nos disse que era melhor ir pelo asfalto e dar a volta, pois a ruta 40 estava em péssimas condições.
La fomos nós em direção a La Esperanza pela ruta 7 e depois ruta 5, até voltar a outra parte da Ruta 40, onde ela está asfaltada novamente.
E dali até El Calafate nós levamos umas duas horas.
El Calafate
Chegando à cidade de El Calafate vimos um mirante e no horizonte várias montanhas, e claro, tivemos que parar. Ventava forte e fazia muito frio, como sempre.
El Calafate é uma cidade grande e muito charmosa. E as árvores amareladas e avermelhadas nos fazem lembrar que estamos no outono.
Fomos até o camping mais barato que achamos no app iOverlander. $ 150 pesos argentinos por pessoa e mais $ 100 pelo carroa, ou seja $ 400 por dia, em torno de R$ 40,00.
Calculamos em ficar uns três dias aqui. Tem estacionamento para o carro, banheiro e duchas quentes com calefação 24hs, pia para lavar a louça e tanque para lavar a roupa com água quente, além do wi-fi.
Estacionamos o carro e como hoje completamos 60 dias que estamos na estrada, é dia de comemorar. Dia de comer pizzaaaaa, quentinha e gostosa.
Hoje não tem muito para contar, mas no youtube o vpideo vai ficar bem bacana.
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Quer saber mais sobre essa viagem? Confira esse post aqui melevadeleve.com/viagem-de-carro-pela-america-do-sul
Números do dia:
Distância percorrida: 353 km
Tempo: 7 horas entre dirigir e paradas.
Camping: $ 400 pesos argentinos (aprox. R$ 40,00) por noite.
Refeições: Almoço $ 15.000 pesos chilenos (aprox. R$ 90,00 ) e jantar $ 400 pesos argentinos (aprox. R$ 40)
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