Diário ArgentinaExpedição América do Sul

Dia 138 e 139: Parque Nacional Rio Pilcomayo

{Quarta e quinta-feira, 10 e 11 de julho de 2019} A noite foi tranquila, os atendentes no posto Axion foram super gentis com a gente, sempre perguntando se precisávamos de algo. Pela manhã nos despedimos e agradecemos a receptividade.

Antes de pegar a estrada em direção ao Parque Nacional Rio Pilcomayo, passamos em uma lojinha para comprar sacos de lixo e depois em uma padaria para comprar pães e frios.

É, numa campervan, ter sacos de lixo é essencial. Usamos demais.

Agora sim, prontos para pegar a estrada.

Caminho Parque Nacional Rio Pilcomayo

Saindo de Formosa seguimos pela Ruta Nacional 11 por uns 35 km e depois desviamos para a Ruta Provincial 2, na qual percorremos uns 90 km até o acesso ao Parque Nacional Rio Pilcomayo. Um total de 164 km percorridos nesse dia, incluindo a chegada no parque e o que andamos lá dentro.

A Ruta Nacional 11, pelo menos o trecho que percorremos, é toda asfaltada, de pista simples e não tem acostamento. A paisagem é de coqueiros, terrenos alagados e muitos búfalos.

A Ruta Provincial 2, em direção ao Parque Nacional Rio Pilcomayo, também é de pista simples, toda asfaltada e sem acostamento. A Paisagem é muito parecida com a Ruta 11, porém com maior número de rios e com muitas pessoas paradas nas pontes pescando com vara.

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Alguns trechos da Ruta 11 estavam operando com apenas uma pista e a outra estava interditada, com funcionários com maquinários removendo a lama da pista. Deve ter chovido um bocado nessa região nos últimos dias.

Importante abastecer o tanque em Formosa, pois não tem postos de combustível de marcas conhecidas no caminho. Encontramos um posto, mas estava fechado para tradicional siesta e era uma marca que não tínhamos visto na Argentina ainda. Melhor não arriscar.

Acesso ao Parque Nacional Rio Pilcomayo

O acesso para o Parque Nacional Rio Pilcomayo é por uma estrada de terra/areia ao lado da cidade Laguna Blanca, atravessando a Ruta 86.

Seguimos uns 6 km pela estrada até o centro de visitantes, mas não encontramos ninguém. Ao lado esquerdo tem uma área de camping com mesas, banheiros, chuveiros com água quente, pias e tomadas de energia. Conseguimos até um sinal aberto de wifi.

Parque Nacional Rio Pilcomayo

Almoço

Estacionamos o carro. pegamos uma mesa e preparamos um almoço nutritivo para compensar os últimos dias de sanduíches. Montamos o fogão e preparamos um macarrão com legumes. E pra finalizar um café passado na cafeteira italiana.

Parque Nacional Rio Pilcomayo

Durante o preparo da comida escutamos um barulho na mata atrás de nós, pareciam passos de um animal mais pesadinho, mas olhávamos e não víamos nada.

Depois que o almoço ficou pronto, os bichinhos que estavam escondidos no mato apareceram. Eram pica-paus grandes, muito bonitos que ficaram nos observando de cima das árvores.

Parque Nacional Rio Pilcomayo

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Parque Nacional Rio Pilcomayo

Nada do guarda-parque aparecer, mas vimos alguns carros passando a portaria enquanto almoçávamos, então lá fomos nós.

A estrada é toda de terra, estava seca mas com ondulações de carros que passaram por ali quando estava com lama. A placa indicava 20 km até a beira do Rio Pilcomayo, onde é possível ver diversos animais incluindo jacarés.

Parque Nacional Rio Pilcomayo

Andamos alguns quilômetros por uma paisagem cheia de coqueiros e notamos que eles tinham a base preta, como se estivessem queimados.

Faltando uns 13km para chegar ao Rio Pilcomayo demos de cara com uma porteira com aviso de acesso fechado temporariamente. Como já era quase final da tarde, voltamos para a área de camping do parque e procuramos um lugar com terreno plano para dormir.

Aproveitamos a estrutura do camping para tomar um banho quentinho. O Douglas fez até a barba.

Parque Nacional Rio Pilcomayo

Dia seguinte

Aproveitamos o silêncio do parque para acordar mais tarde. Tão bom acordar com o canto dos pássaros e tomar um café com calma.

O dia estava nublado, o calor tinha ido embora. E o guarda-parque apareceu, pegamos o mapa do parque e algumas dicas.

Tem apenas uma trilha aberta, as demais estão fechadas devido as últimas chuvas que foram muito fortes e inundaram o parque. Pelo que ele falou estragou bastante as estruturas e até mesmo o caminho e eles estão trabalhando para arrumar o mais rápido possível.

Os coqueiros queimados que vimos pelo caminho, foi de um incêndio grande que aconteceu há alguns meses dentro no parque.

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Trilha do Karaguata no Parque Nacional Rio Pilcomayo

Já que estávamos ali no Parque Nacional Rio Pilcomayo, fomos fazer a trilha do Karaguata, que estava acessível.

Dirigimos até a porteira com a placa de interditado e do lado direito estacionamos o carro. Tem uma placa e uma pequena área reservada para estacionar.

No inicio da trilha tem uma mesa de madeira e bancos que os visitantes usam para comer, descansar ou até trabalhar rsrs.

Parque Nacional Rio Pilcomayo

A trilha é curta, tem apenas 800 metros de distância, leva em torno de 50 minutos e a dificuldade dela é considerada baixa.

E realmente a dificuldade é baixa, a trilha é plana, é um passeio tranquilo, porém não tem estrutura de acessibilidade para quem tem mobilidade reduzida.

Uma dica, passe bastante repelente, pois tem muitos insetos aqui.

Parque Nacional Rio Pilcomayo

O primeiro trecho da trilha passamos pela mata fechada, cheia de árvores altas, algumas rangiam com o vento que soprava em suas copas. De repente uma clareira, a trilha fica bem aberta e cheia de coqueiros.

Parque Nacional Rio Pilcomayo

Parque Nacional Rio Pilcomayo

Vamos seguindo o caminho bem demarcado, quando nos deparamos com um observatório.

Subimos as estreitas escadas de ferro, sem olhar para baixo, e lá do alto, quase junto das folhas dos coqueiros, tivemos uma noção melhor desse lugar.

Lá embaixo algo se mexia, ficamos olhando, era um tatu bola. Ele esperou que subíssemos o observatório para seguir seu caminho.

Parque Nacional Rio Pilcomayo

Estava ventando bastante e o tempo abriu, as nuvens foram embora e o sol apareceu, trazendo com ele o calor.

Almoço

Hora de voltar preparar o almoço antes de colocar o pé na estrada de novo. Aproveitamos o ambiente ao ar livre e a estrutura para cozinhar e tomar um cafezinho brasileiro passado na hora.

E aproveitamos um pouco da calmaria, do silêncio, da sombra e o cheiro da mata. Às 16h30 pegamos a estrada novamente.

Parque Nacional Rio Pilcomayo

Laguna Blanca

Como não tínhamos mais o que visitar nessa área do Parque Nacional Rio Pilcomayo, seguimos a diante. Mas o Douglas queria muito ver jacaré, então decidimos ir para a outra entrada do parque, que fica no outro lado,  chamada Laguna Blanca.

Pegamos a Ruta 86, alguns pouco quilômetros e saímos para uma estrada de terra onde andamos mais uns 5km até chegar a portaria Laguna Blanca. Aqui a estrutura parece ainda melhor.

O Douglas foi conversar com o Guarda-parque para saber onde ele poderia ver jacarés e como funcionava para dormir ali e sobre as trilhas.

Infelizmente aqui todas as trilhas estavam fechadas, por conta da enchente cobriu o parque em mais ou menos 1,5m de água. As passarelas e toda a estrutura do parque estava comprometida.

Mesmo assim, o guarda parque nos disse que poderíamos dormir ali e usar a estrutura gratuitamente. Tinha outros motorhomes ali, mas achamos melhor seguir viagem. O Douglas ficou frustado que não foi dessa vez que ele viu jacaré.

Clorinda

A cidade mais próxima é Clorinda, 50 km de distância, e fica na divisa com o Paraguai.

Pelo caminho passamos por três barreiras policiais, mas estavam parando apenas os carros que vinham do contrário, sentido Paraguai para Argentina.

A cidade é feia, tem cheiro de fumaça, mas as pessoas parecem ser receptivas. Fomos direto para um posto Shell para bastecer o carro, comer alguma coisa e a nossa janta foram empanadas e um refrigerante gelado para espantar o calor.

Depois nos organizamos para cruzar a fronteira amanhã. Vamos ter que comprar alguns itens obrigatórios para o Paraguai e trocar o dinheiro argentino pelo paraguaio.

Então continue acompanhando o diário de viagem que amanhã vamos contar como foi atravessar a fronteira entre Argentina e Paraguai.

Números do dia:

Distância percorrida: 164 km, dia 10, e 85 km, dia 11.
Alimentação: $ 435 pesos argentino (aprox. R$ 43,50)

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Agradecimentos aos nossos apoiadores dessa viagem:

  

Julia Flores

Formada em Turismo e Hotelaria, com pós-graduação em Marketing Estratégico e experiência com marketing de destinos turísticos. Amo viajar, não pelos carimbos no passaporte ou pelas selfies, mas pelo o que as viagens me proporcionam. Gosto de praticar esportes, mas também adoro ficar de preguiça no sofá em dias frios ou chuvosos.