Diário de Viagem – Dia 07 – Porto Alegre e Cambará do Sul, RS
Porto Alegre, dia 07 (14 de novembro de 2017)
Hoje o dia promete ser agitado. Temos que fazer check out do hotel (Quality Porto Alegre), levar as malas na casa da tia Ana, comprar o que falta para ir para Cambará, finalizar a programação, fazer as reservas da viagem para Santo Ângelo e chegar em Cambará do Sul, ufa.
Já deu pra cansar, né. Por isso as pausas com dia livre durante as viagens com mais de 5 dias são fundamentais, pelo menos para nós.
Café da Manhã
Deixamos as malas quase finalizadas e descemos para tomar o café da manhã.
O café tem uma variedade boa que não deixa ninguém com fome por falta de opções. E a qualidade é muito boa também.
Tem bolo, pães, frios, frutas, iogurte, sucos, café, leite e até panqueca hummm.
Partiu casa da tia Ana e mais reuniões
Fizemos o check out e o Douglas saiu para as reuniões de trabalho dele, enquanto eu fui para a casa da tia Ana com as malas.
Eu, minha tia, meu primo e minha prima aproveitamos o tempo para planejar a viagem para Santo Ângelo. Definimos que iríamos na sexta a tarde e voltaríamos na segunda de manhã.
Como estávamos em seis pessoas mais as bagagens, precisávamos de um carro grande.
Olhamos no site da rentcars, achamos que a Doblo seria a melhor opção e fizemos a reserva.
Datas definidas, carro reservado, hospedagem na casa de alguma tia ou da vó e o principal estava planejado.
Como estávamos indo para comemorar os 90 anos da minha vó, o domingo era todo dela. Mas tinha um sábado livre 🙂
Lá fui eu montar um mini roteiro hahaha.
Colocamos uma vinícola e as Ruínas de São Miguel, já que a minha prima Mariane não conhecia. E assim a viagem estava prontinha. Ou não, acompanhe as cenas dos próximos capítulos 😛
Almoço na casa da tia Ana
Comida de tia é tudo bom, né. Mas o feijão da tia Ana é bom demais, até já tentei fazer em casa, pedi as dicas, mas não fica igual.
O Douglas veio almoçar com a gente, não é bobo de perder o feijãozinho, né.
Mas foi só almoçar e sair para continuar a maratona de reuniões dele.
Comprinhas no shopping
Enquanto o Douglas foi trabalhar, eu fui gastar um pouquinho. Então fui no shopping Praia de Belas, que fica pertinho da tia Ana.
Precisava comprar uma camiseta e mais uma calça para fazer as trilhas em Cambará, pois de calça jeans ou vestido não seria uma boa ideia, né.
Carona para Cambará do Sul
Final da tarde com uma mala pequena e mochila, estávamos prontos para embarcar para Cambará do Sul.
Como estávamos indo de carona com um ônibus da prefeitura da cidade, fomos encontra-los no lugar combinado.
Chegando lá, entramos no ônibus e todo mundo cumprimentando a gente.
Nos olhamos e ficamos ainda mais felizes, pois quando o povo é simpático e trata bem o turista, o lugar fica ainda mais bonito, mais convidativo e a viagem com certeza marca.
Nos acomodamos e logo partimos em direção a Cambará do Sul, com algumas paradas pelo caminho ainda em Porto Alegre para pegar mais gente.
Em uma dessas paradas, eu estava morrendo de vontade de fazer xixi, então perguntei para o motorista se dava tempo de ir no banheiro.
Perguntei pra ele onde tinha banheiro e ele me disse que no hospital ao lado tinha. Paralisei por uns 3 segundos, que pareceram minutos para mim.
Eu tenho algum trauma de hospital que me faz desmaiar até nas situações mais normais. Até procurei uma psicóloga que me ajudou bastante, mas ainda sinto isso.
Enfim, estava tão apertada que não tive opção. Nem pensei muito onde estava, só pensava no banheiro. Não reparei muito no ambiente, pois estava morrendo de medo de desmaiar. Mas deu tudo certo.
Quando voltei para o ônibus o Douglas perguntou onde eu tinha ido. E ele me olhou assutado, você tá bem? Conseguiu ir no banheiro? Não passou mal? Respondi que estava bem, só com o coração um pouco acelerado, mas porque eu tinha corrido até o ônibus, para não atrasar o pessoal.
A caminho de Cambará do Sul
Não é fácil enfrentar aquilo que não conseguimos controlar, mas lá fomos nós continuar no caminho para Cambará do Sul. Estávamos cansados e dormimos até a parada.
A parada é um lugar bonitinho chamado Maktub, na cidade de Taquara, que é um restaurante/lanchonete que por fora parecia ser tibetano. Compramos uns produtos coloniais para fazer um lanche, pois já sabíamos que a janta de hoje seria bem mais tarde.
A viagem seguiu pelos ziguezagues da rodovia RS-020 passando pelas cidades de Taquara, São Francisco de Paula e Tainhas, subindo a serra.
Hostel Cape Town
Chegamos na cidade já era noite e fomos direto para o Hostel Cape Town.
Depois de muitos anos, nos hospedamos novamente em um hostel e logo que chegamos relembramos o porque gostávamos desse tipo de hospedagem. Pelas pessoas, pela acolhida, pela troca de informações, pelas histórias e pelas amizades que se constroem.
Fomos recebidos por um dos hóspedes, que foi chamar o proprietário Gustavo. Eu já tinha conversado com ele na feira de turismo em Gramado a poucos dias.
Ele e a esposa Renita nos receberam de braços abertos. Nos mostraram todo o hostel, e a mobília que em parte foi feita por ele mesmo e o cunhado. Pra você ver o carinho que eles tem por esse lugar.
Na entrada tem uma parede coberta de recados de outros viajantes que passaram por ali.
São pessoas do mundo todo, estudantes profissionais dos mais diversos, como cientistas estrangeiros que vieram fazer alguns estudos na cidade.
Depois nos levou até nosso quarto, que é privativo para casal, mas com banheiro compartilhado.
A decoração é artesanal, como o espelho com tocos de madeira e o pufe feito com dois pneus.
O espaço é bom, compatível com o valor da diária de hostel.
O armário é pequeno, mas geralmente as nossas coisas ficam na mala mesmo. O hostel oferece as toalhas de banho.
O ponto positivo é que tem tomadas por todos os lados, o que ajuda muito para carregar a bateria dos equipamentos e dos celulares.
O hostel é extremamente acolhedor. Tem um estilo rústico que se encaixa perfeitamente no contexto da cidade, de natureza e cultura de interior.
Tem quartos coletivos e para família, e fica em uma ótima localização na cidade.
Jantar no Galpão Costaneira
Deixamos para bater mais papo amanhã, pois faltavam 30 minutos para o restaurante fechar e a fome estava grande 😀
Jantamos no Galpão Costaneira, que fica a umas quatro quadras do hostel.
O conceito do restaurante é de mostrar a cultura gaúcha da região de Aparados da Serra.
A decoração já faz a gente entrar no clima de Cambará do Sul.
No almoço tem buffet com diversas opções de comidas caseiras e no jantar o prato é a grelha de carnes.
Já vimos carnes sendo preparadas na mesa, mas assim com carvão em brasa ao invés do fogareiro foi a primeira vez.
Na grelha veio filé mingon e picanha, além de linguiça e queijo derretido.
E para acompanhar são servidos salada, arroz, feijão preto, batata frita e polenta frita.
E como não poderia deixar de ser, tomamos suco de uva natural produzido lá nas redondezas. Muito gostoso, vale a pena provar.
A comida é ótima e o preço é justo, R$ 43,00 por pessoa.
Hora de dormir
Voltamos para o hostel já era quase 22h30. Arrumamos as coisas para as atividades de amanhã e tomamos um banho quentinho.
Quero ver conseguir dormir, pois estamos ansiosos para conhecer os cânions amanhã 🙂