Mundo a Vapor, Canela: mini fábricas perfeitas
No quarto dia da nossa viagem para Gramado e Canela, nós visitamos o Mundo a Vapor.
Ouvimos dizer diversas vezes que o Mundo a Vapor valia mais pela foto na frente, com a reprodução do famoso acidente ferroviário de Paris.
Sim, a foto clássica na frente realmente é muito legal de ter (todo turista deve ter uma lá), mas por dentro o Mundo a Vapor tem muito aprendizado interessante a oferecer.
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História do Mundo a Vapor
Por volta de 1920, Ernesto Urbani fazia a manutenção das máquinas a vapor, chamadas locomóveis (não porque eram loucos 😀 mas porque derivavam de locomotivas), que eram utilizadas nas 35 serrarias da região.
Os filhos de Ernesto (Hermes, Benito e Omar) eram apaixonados por máquinas a vapor passaram a utilizar a oficina do pai para criar réplicas que reproduziam todo o processo industrial de olarias, serrarias, pedreiras, siderúrgicas e fábricas de papel.
As mini máquinas tinham proporções exatas, movimentos mecânicos perfeitos e detalhes impressionantes.
Em 1950, Omar, o filho mais velho com 16 anos na época, construiu a primeira réplica de uma fábrica.
Nascia ali um mundo em miniatura movido a vapor!
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O acidente de Montparnasse
O trem acidentado que dá as boas vindas aos visitantes do Mundo a Vapor é uma reprodução do acidente que aconteceu em 1895, na estação de Montparnasse – Paris.
O trem atravessou em alta velocidade a mureta de proteção do fim da linha, atravessou também a parede da estação e ficou pendurado a 12 metros de altura.
Nenhum dos 131 passageiros do trem morreram, a única vítima fatal foi uma vendedora de jornais da estação.
Do barro às telhas e aos tijolos
Barro, forma, prensa, forno a lenha. Basicamente é assim que são feitos os tijolos e telhas.
No Mundo a Vapor, a réplica de olaria pode produzir 300 mini tijolos e mini telhas por dia.
Onde está o vapor nisso? Na máquina que move a prensa que dá a forma às peças.
Pedras no meio do caminho
As máquinas a vapor também estão presentes na réplica da pedreira.
Aqui, a máquina a vapor move a esteira que leva as pedras até o britador, que quebra as pedras.
O vapor também move o classificador, que é uma espécie de ‘peneira’ que separa as pedras conforme o tamanho delas.
Serraria, origem da cidade de Canela
A réplica da serraria também é muito interessante.
A serraria faz parte da chegada dos alemães à região, para explorar a araucária de boa qualidade.
A réplica mostra todo o processo, desde o corte das toras até a transformação em tábuas e depois o refilamento (para deixar com tamanhos iguais) e a secagem à sombra por 90 dias.
A menor fábrica de papel do mundo!
Entre todas as réplicas, a que mais chamou a atenção foi a fábrica de papel.
A origem do papel nos leva ao Egito, com o uso do papiro. Mas o papel como conhecemos hoje surgiu de forma artesanal na China.
A madeira é moída na água formando uma pasta, que é colocada um uma máquina que retira 50% da água por vácuo.
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Depois a pasta é prensada em 8 cilindros, onde é determinada a espessura do papel.
A próxima etapa é a secagem passando por 10 cilindros aquecidos a vapor em 120ºC.
12 cilindros depois, o papel está pronto e você pode levar para casa como recordação.
Nem tudo é a vapor no Mundo a Vapor
As usina eólicas são inspiradas nos antigos moinhos de vento, em que a força do vento era utilizada para gerar energia.
Hoje, essas usinas são uma ótima opção de geração de energia limpa, já que não produz resíduos (como a energia térmica), não gera riscos (como a energia nuclear), não interfere no meio ambiente (como a criação de grandes represas para hidrelétricas).
Ervateira, afinal estamos no Rio Grande do Sul
Aprendemos no Mundo a Vapor (na verdade só eu aprendi, pois a Júlia, como toda gaúcha, já sabia) como é o funcionamento das fábricas de erva-mate, também chamadas de ervateiras.
Até então tudo que eu sabia sobre chimarrão é que os gaúchos tomam até mesmo no calor de 40ºC, que 1 cuia é usada por todos, passando de um para outro – depois de tomar até o fim, fazendo a bomba “roncar” – e que quando você demora com a cuia logo alguém diz “apura tchê porque não é microfone”.
Bom, depois desse “relato de um genro de gaúcho”, voltemos para o que interessa.
Depois de colhidas e selecionadas, as folhas passam por um processo de desidratação. Depois são colocadas no cocho, que é o local onde os pilões socam as folhas, moendo até ficar no ponto para fazer o chimarrão.
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Na nossa opinião, o lugar é ótimo para quem é curioso e para quem viaja com filhos.
Dá para aprender bastante coisas interessantes sobre as máquinas e o mundo movido a vapor.
Um único porém, que é facinho de ser melhorado, é que as explicações dos monitores não são espontâneas, parecem que falam apenas o texto decorado. Mas o lugar vale a visita!
O Mundo a Vapor foi uma das atrações que visitamos em Canela. Os nossos ingressos foram cortesia do parque. Para ver nosso roteiro completo, dá uma olhada aqui.
Mundo a Vapor
Onde: Rodovia Canela-Gramado.
Quando: das 9h15 às 17h, todos os dias em janeiro, julho e dezembro. Nos demais meses fechas às quartas-feira.
Quanto: Compre os ingressos aqui. Adultos R$30,00/estudantes, idosos e crianças entre 6 e 15 anos R$15,00/crianças até 5 anos não pagam (atualizado em setembro/2017).
Para planejar o seu roteiro em Canela, leia os outros posts aqui. E para saber onde ficar, veja as opções de onde se hospedar em Canela. Os passeios, as atividades imperdíveis e os transfers você encontra aqui.
Adorei ler sobre o Mundo a Vapor. Não conheço essa atração em Canela. A maquete e miniaturas são perfeitas! Ótima dica.
Já tem motivo pra voltar então 🙂