Salva por saber o básico de japonês
Quando moramos no Japão, aconteceu tanta coisa, são tantas histórias, que resolvemos dividir com vocês algumas delas.
Logo que chegamos eu não falava quase nada em japonês, praticamente zero, no máximo um bom dia, boa noite, boa tarde, obrigada, desculpa e com licença.
O Douglas já sabia formular algumas frases, por isso uma das primeiras coisas que fiz quando cheguei lá foi me matricular em um curso de japonês para estrangeiros.
Saber o básico de japonês me ajudou muito, vocês vão entender o porquê.
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Quase um ano depois, estava eu já quase adaptada a cultura do país.
Aos sábados, depois que chegava do trabalho, eu fazia a faxina no apartamento e depois ia ao supermercado de bicicleta, no final do dia, mas ainda antes de escurecer.
Sim, durante todo o período que moramos lá só usamos bicicleta.
Como em Chiryu, cidade onde morávamos, as ruas são planas, é muito comum entre os japoneses andar de bicicleta e não sentimos falta de carro.
A minha bicicleta tinha uma cestinha na frente e a do Douglas duas cestinhas, uma na frente e outra atrás, para facilitar no transporte das compras.
Em um belo sábado, terminei a faxina um pouco tarde. Já era quase noite quando fui ao supermercado. No Japão é muito seguro e tranquilo andar a noite, pelo menos era o que eu pensava até esse dia.
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Cheguei ao supermercado, coloquei a bicicleta no bicicletário e prendi ela com uma corrente dessas normais de bicicleta, pois a trava original da bicicleta estava com defeito.
Não sei se aqui no Brasil existe, mas lá no Japão as bicicletas vem de fábrica com uma trava fixa no quadro, que tranca o pneu.
O susto
Entrei no supermercado, fiz as compras, saí e coloquei tudo na bicicleta. E quando me preparo para abrir a corrente, um homem vestindo um sobretudo pára do meu lado e me aborda falando ‘boa noite’.
Eu fiquei estática. Ele abriu um dos lados do casaco e eu vi uma arma na cintura dele.
Nessa hora eu só olhei para os lados procurando alguém que pudesse me socorrer se precisasse.
Vi algumas pessoas que não perceberam a situação. Tudo isso em questão de segundos que pareceram minutos para mim.
Ele tirou um distintivo e se identificou. Disse que era policial e que estava verificando as bicicletas.
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Mas como saber se o distintivo era verdadeiro? Ele perguntou se aquela bicicleta era minha, onde eu tinha comprado e pediu para ver a documentação.
No Japão toda bicicleta tem um documento, com número de registro que fica gravado na bicicleta, assim como um carro ou uma moto que tem o número de chassi.
Nessa hora eu acalmei um pouco, mas ainda tremia. E o pouco que eu sabia de japonês me ajudou muito, pois consegui responder as perguntas dele.
Falei onde eu tinha comprado e que a documentação da bicicleta estava em casa, mas que eu poderia buscar.
Ele disse que não precisava, mas que eu deveria andar sempre com ela.
Muito educadamente ele pediu desculpas, desejou um bom descanso e se retirou.
Salva por saber o básico de japonês
Ainda bem que decidi estudar japonês e que não faltei nas aulas.
Imagina se eu continuasse sem saber nada do idioma? Não tinha um brasileiro por perto, o Douglas estava trabalhando e eu estava sem celular para ligar pra alguém me socorrer.
Depois que cheguei em casa e me recuperei do susto, fiquei muito orgulhosa de mim por ter entendido e conseguido falar em japonês.
A partir deste dia, nunca mais saí sozinha a noite e também nunca mais saí sem o documento da bicicleta.
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