Dia 96 – O sagrado Rio Ganges
Hoje sim começa o roteiro de passeios em Varanasi.
Na verdade o roteiro é bem simples, o Rio Ganges e seu entorno. Não tem lá grandes coisas na cidade e o rio é o único ponto realmente imperdível.
Acordamos cedinho, as 4:30, para ver o sol nascer na beira do sagrado Rio Ganges, que os indianos chamam de Ganga.
O motorista queria 80 Rupias, mas acabamos fechando por 20.
Viram a diferença do preço inicial pro preço negociado? Ainda assim ele deve ganhar bem mais do que os indianos pagam.
Embarcamos e fomos observando o cotidiano. Varanasi é de outro mundo, não há documentários e filmes que te deixem prontos para visitar esse lugar.
O motorista disse que não podia ir até o Dashashwamedh Ghat, pois não é permitido circular com veículos motorizados naquela região. Iria então até o Kedar Ghat, que ele disse ser bem perto. Ok, mas na verdade era bem longe…
Descemos do Autorickshaw. Ele pensou um pouco e depois disse que levaria até lá. Ué? Não era proibido?!?!
Chegando no ponto onde não era mais permitido continuar, ele desceu do autorickshaw e o vimos entregar 10 Rupias aos guardas…
Ele voltou sorrindo, como se tivesse feito um grande favor a nós, mas não concordamos.
Falamos que não daríamos nada além das 20 Rupias, como o combinado, e ele logo parou o autorickshaw e nós descemos.
Quis se dar bem, mas se deu mal, acabou ganhando metade pelo serviço.
[su_note note_color=”#F8F8F8″] Veja aqui onde ficar em Varanasi ou reserve pelo Airbnb e ganhe crédito de R$100,00.[/su_note]
O sagrado Rio Ganges
Continuamos andando, meio que seguindo a ‘procissão’ de hindus, até o Ganga e chegamos no Dashashwamedh Ghat, o principal Ghat de Varanasi.
Os ghats são o local onde os hindus se banham para se purificar. Eles vão de manhã bem cedinho, rezam e se banham quando o sol nasce.
Alguns ghats são usados para cremação e depois de cremado, as cinzas são despejadas dentro do rio Ganges.
Andamos ao sul até o último Ghat, o Assi Ghat. Vimos pelo caminho muitos lavadores de roupas, pessoas meditando, vendedores de todo tipo e pedintes.
Será por causa da casta?
Um menino ficou nos seguindo e conversando. Ele disse para não dar atenção as pessoas que ficam conversando pois elas só querem ganhar dinheiro dos turistas.
Quando chegamos ao último Ghat, adivinhem… ele nos pediu dinheiro.
A Ju quis dar uma camiseta do Brasil, mas ele não aceitou. Será que a casta dele não permite receber presentes de nós, sem-casta?!?! Dinheiro pode?
Ninguém quer remar?
Procuramos por um barco para a volta, mas os caras pedem um absurdo.
O atendente do posto de informações turísticas nos disse que uma hora de barco custa 80 Rupias, não mais que isso.
Para voltar seria rapidinho por causa da correnteza a favor e o remador nem faria força.
Pediram 300 Rupias. Nessas horas não tem como não rir.
– Ok, quanto vocês pagam?
– Fala você um preço sério.
– Ok, 200 Rupias.
Rimos de novo, viramos as costas e continuamos andando.
Estão abusando da nossa paciência, temos que rir para eles saberem que nem todos aturam essa cara-de-pau.
Na beira do Ganga tem muitos barqueiros que ficam horas sem fazer nada. Eles preferem continuar a ficar sem fazer nada do que trabalhar pelo preço justo. Vai entender…
Voltamos a pé mesmo até o Dashashwamedh Ghat.
Vimos um corpo sendo cremado, coberto por lenha, só com os 2 pés para fora.
Foi uma cena forte, mas a calma das pessoas presentes, amenizou um pouco. Essa calma talvez se explique pelo fato de os hindus acreditarem na reencarnação.
Cartel dos rickshaws
Do ghat principal andamos até a rua onde é permitido o uso de veículos motorizados e começou a “briga” por transporte.
Alguns pedem um absurdo. Foram juntando muitos motoristas, todos falando ao mesmo tempo.
Eles baixaram até 20 Rupias, mas o ciclo custa 10.
[su_note note_color=”#F8F8F8″] Veja aqui quanto custa o seguro viagem para a Índia com 5% de desconto. [/su_note]
Depois chegou um novo motorista e pediu 18. Dissemos 15, ele aceitou, subimos no ciclorickshaw e outros motoristas começaram a discutir feio com o cara.
Não entendemos a língua, mas dava para saber que os motoristas combinam um preço e não baixam mais do que esse valor.
O nosso motorista baixou, por isso foi xingado pelos outros.
Voltamos ao hotel, dormimos e depois saímos para almoçar.
Cuidado com a garrafa
Pedimos arroz com vegetais. Só tinha 1 refrigerante, que o Tico pediu antes, por isso pedimos água.
O garçom trouxe a água e perguntou se a gente queria que ele abrisse.
– Não, não precisa.
– Eu abro.
– Não, não.
Peguei a garrafa, ela estava amassada no fundo e sem o lacre de plástico na tampa.
Olhei a tampa e vi que já estava aberta. Apertei a garrafa, o ar escapou e a água subiu até derramar.
– Pode cancelar a água?
– Por quê?
– Não queremos mais…
Por isso ele queria abrir…
Tá doido, se a água estava aberta, era da torneira. Se era da torneira, era água do rio Ganges. Tratada, mas ainda assim era do Ganges…
A comida chegou e a cenoura da salada estava velha.
Passamos na internet perto do Hotel Praddep.
Lá tem uma tabela de preço em inglês e outra em hindi, que não dá para entender nada. Adivinhem? Os valores na tabela em inglês são maiores…
Preço para turista
Na janta voltamos ao mesmo restaurante porque e o único mais ou menos limpo por aqui.
Percebemos que tem dois tipos de menu, provavelmente um era especial para turistas… Ta doido…
Jantamos arroz frito, ovo com curry, chapati e tomamos Mirinda.
Depois eu e o Tico pedimos picolé, o Douglas não quis. Na embalagem está impresso 15 Rupias, mas o cara cobrou 20.
Pedimos a conta, pagamos e ficamos na mesa esperando o troco.
Os caras de pau ficaram conversando como se nada estivesse acontecendo.
De vez em quando um deles olhava para a mesa com o canto do olho e disfarçava.
Pensamos: E só 1 Rupia, mas vamos ver até onde eles vão com isso…
E ficou nisso uns 10 minutos. O Tico juntou 9 Rupias em moedas para dar ao caixa e pegar uma nota de 10 de volta para a conta ficar certa.
Levantamos, fomos ao caixa e ao ver as moedas na mão do Tico, ele devolveu o troco de 1 Rupia…
Perderam 3 clientes por besteira, amanhã vamos comer em outro lugar…
Para planejar o seu roteiro na Índia, leia os outros posts aqui e para saber onde ficar, veja as opções de onde se hospedar em Varanasi. Os passeios e as atividades imperdíveis em Varanasi você encontra aqui.
[Para saber mais sobre o Rio Ganges, leia esse post aqui.]
Nossa é tão complicado a questão de higiene…. >> Jonas Schwertner
Oiii pessoal, nossa como eh dificil viajar pela Àsia e pagar um preçu justo pelas coisas
neh, onde tudo e complicado, e exige muita paciência, principalmente o transporte….
Vcs realmente são determinados…..Bjos e saudades.
Oi,Ju e Douglas !!!!!> Agora o Tico é o fotografo rsrsrs…..cuidem dele ai para não
sumir, rsrsrssr…..ou ele esta sendo o guia de vcs….esta sendo dificil se alimentar
ai e agua do rio, tá dificil, mas pelo que da para perceber vcs estam preparados para
enfrentar todos obstáculos que surgir……tenham uma otima viajem, Deus esta acompanhando
vcs todos os momentos.>Bjsssssssss
Jonas!>Achamos que hotel limpo, so se pagar bastante a mais…>>Restaurantes tambem. O problema e que nao encontramos opcoes…>>Abracos!
Oi Vivi.>realmente nao e facil. isso e um teste de paciencia…>Todos querem os
dolares dos estrangeiros…>>Bjo>saudades!
Oi, Pai!>>Pode deixar que a gente toma conta dele…>hehehehe>>>o problema da alimentacao
e que nosso organismo nao esta acostumado…>>e dificil encontrar restaurantes limpos…>>
obrigadao!!!>bjos>saudades!
“O motorista queria 80 Rupias, mas acabamos fechando por 20.”>… realmente é
extremamente importante quando se chega a uma cidade procurar o atendimento ao
turista. Aqui no Brasil mesmo tem e nós podemos nos beneficiar de todas essas
informações e até, por vezes, desprezamos. Parabéns por nos ensinarem a procurar
essas informações e pagarmos os preços justos.>>“Pediram 300 Rupias. Po,
nessas horas nao tem como nao rir…”>que roubo!!>>Dete
aaah queria perguntar: Tem muito turista por onde vocês tem andado? queria saber
qual é o indice de turista nas regiões que vcs tem visitado!>>As fotos estão
lindas! A cultura totalmente diferente da nossa nos encanta e choca por vezes!>
>bjuxxx
aff que horror de lugarzinho e gente em
RIO GANGES por mais respeito que eu tenha pela fé DOS INDÚS, o que as pessoas fazem contra sua integridade é a mesma que fazemos nos grandes centros.que o diagam os RIO TIETÊ RIO PINHEIROS RIO TAMANDUATEÍ ……..
lol 1 real vale 21 rupias, vocês negociaram para o cara levar vocês por menos de 3 reais ?
Lucas, negociamos sim. Apesar de ser barato, mesmo assim negociamos porque a cada vez que um turista não negocia, o preço inflaciona e fica cada vez mais caro, fora da realidade do lugar. Desse jeito, ao invés de explorar o turismo, explora-se os turistas, o que é completamente diferente.
#DomingaodeTwittadas | #INDIA | @TurBackpacker | O sagrado rio ganges – http://t.co/Wpb8TjDc
Que doidera esse lugar. Vou por no meu roteiro na índia. Vou de mochilão em 2020
Que massa Tatin, vc vai amar a Índia!