Dia 92 – Bem vindo à Índia, não temos vaga!
Chegamos a Índia, um dos destinos mais esperados desse roteiro pela Ásia.
O país sempre despertou a nossa curiosidade e chegou o momento de saber se a toda a imagem que temos na cabeça é real, se é exagerada, ou se está muito aquém da realidade.
Calcutá
Desembarcamos em Calcutá, um pouco depois da meia noite. O Tico chegou ontem na cidade e vamos viajar todos juntos.
Paramos um táxi para ir até o hotel em que o Tico estava, e o taxista disse que não conhecia o hotel.
– Esse hotel é novo?
– Não sei.
– Vocês tem reserva lá?
– Sim.
Nem sabíamos se o Tico tinha conseguido reservar para nós.
– Hummm.
Fez uma cara estranha e logo pensamos que seria tudo igual aqui na Índia. Eita exploração de turista…
O motorista fumava um cigarro artesanal. O táxi era muito antigo, todo amarelo e sem tinta nas partes reformadas da lataria, parecia ter saído de um filme… um filme bem indiano, por sinal…
A cidade é muito feia, parece uma cidade abandonada. Muitas pessoas estavam dormindo nas ruas e o choque inicial foi enorme.
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Bem vindo à Índia, não temos vaga!
Chegamos no hotel e estava tudo fechado. O motorista ficou gritando e o recepcionista acordou.
– Não tem vaga.
– Meu primo está aqui.
– Qual é o nome dele?
Respondemos e ele disse que não tinha ninguém com esse nome.
– Ele está aqui sim.
– Qual é o nome?
Respondemos de novo, ele ligou para o quarto do Tico e ele desceu.
O taxista ficou lá esperando para ver se nós queríamos táxi de novo, dissemos que não, mas ele continuou esperando.
Não tinha vaga e por isso o Tico não conseguiu fazer reserva para nós. Já era quase manhã, mas mesmo assim o recepcionista não nos deixou ficar na recepção até amanhecer. Pô não custava nada.
Procurando hotel em Calcutá
Nós três saímos para procurar outro hotel. Andamos pelas escuras ruas de Calcutá de madrugada.
Sabíamos que era perigoso, mas tivemos que procurar.
Paramos para pedir informação para um segurança de um prédio, mas na verdade não era um prédio simples, era um posto policial.
O capitão nos mandou entrar:
– De onde vocês estão vindo?
O Tico respondeu Japão.
– Não, não. De onde vocês estão vindo agora?
– Do hotel Gardenia.
– E onde vocês estão indo?
– Estamos procurando hotel.
– Por quê?
– Porque nós não temos hotel.
– Mas de onde vocês estão vindo?
– Hotel Gardenia.
– Para onde estão indo?
As perguntas eram feitas lentamente, sem pressa nenhuma.
Repetiu essas e outras perguntas várias vezes e aí começou o sermão sobre pessoas drogadas, roubos, violência, etc…
Percebemos que ele estava só querendo nos manter lá até o dia clarear…
Nos deu uma canseira enorme para que não saíssemos a pé pela cidade até às 5 da manhã.
Depois falou para um guardinha nos levar até o hotel que estávamos procurando.
Andando no camburão da polícia
Subimos no camburão, sentamos nos bancos duros, entre as grades, e seguimos viagem até o hotel.
Os dois policiais não falaram nenhuma palavra durante o trajeto.
Como andar de camburão era novidade, tiramos umas fotos escondidas, mas na última o flash disparou sem querer, os policiais perceberam, mas não entenderam nada hahaha.
Ainda procurando hotel
Lá no outro hotel também não tinha vaga, então esperamos o dia clarear sentados na calçada e voltamos a pé até o Gardenia.
Pegamos as coisas, subimos em um táxi e seguimos para a região da Sudder Street, onde os mochileiros se concentram.
Os hotéis por aqui são muito simples, e até bem sujos.
Demoramos até achar um quarto mais ou menos “mais ou menos”…
Tem algumas baratas dividindo o quarto com a gente. Tentamos matar algumas, mas desistimos. Se ficarmos matando todas as baratas não vai sobrar tempo para passear.
Nossa, ficamos acordados mais de 24 horas direto por causa do horário do voo e da busca pelo hotel. Só agora percebemos.
Deitamos depois do check-in e dormimos até às 3 da tarde.
Saímos para dar uma volta por Calcutá e nos dirigimos à estação de trem para comprar a passagem para Varanasi. Resolvemos encarar a cidade da forma mais roots possível, de metrô. Imaginem só…
De metrô em Calcutá
Andamos até a estação Esplanade e pegamos o metrô até a estação Girish Park, bem perdidos, tentando nos localizar no meio do tumulto.
A entrada no trem foi “fácil”, nem precisamos caminhar. As pessoas do tumulto nos levaram para dentro do vagão automaticamente.
Entramos e outros foram empurrando para entrar também.
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Ficamos muito espremidos! Nossa, muito pior do que o metrô na praça da Sé (São Paulo) no horário de pico!
Saímos do metrô, atordoados com o tumulto, e perdemos o rumo quando chegamos na rua.
Sério gente, o impacto é grande, definitivamente Calcutá não é para qualquer um.
O bilhete mais difícil
Tentamos pegar um táxi e não conseguimos. Ficamos sem saber porque ninguém queria nos levar até a estação de trem.
Para andar de ônibus ainda não estamos preparados! Isso é um nível expert de Índia, que ainda não é o nosso caso.
Só vendo os ônibus indianos para vocês entenderem o porque… é muuuuuuita gente em pouco espaço.
Ainda não estamos preparados para isso.
Aqui as leis da física não fazem muito sentido, dois corpos podem sim ocupar o mesmo espaço, ou pelo menos tentam.
Tentamos chegar a pé na estação de trem. Andamos muito e não chegamos a lugar nenhum.
A rua era cheia de carregadores de produtos andando para todo lado. Achamos que tem um porto ou algo assim por perto. Tivemos que andar desviando dos carregadores que puxam sozinhos as carroças sobrecarregadas.
Quando vimos a ponte de longe, percebemos que faltavam ainda uns 3 km para chegar na estação.
Já estava ficando escuro e resolvemos voltar para não ter que andar de noite pela cidade.
Voltamos até a estação a pé, pegamos o metrô de volta, e fomos direto jantar num restaurante aparentemente melhor do que os outros ao redor.
Na Índia, viramos vegetarianos
Pedimos comida vegetariana, pois achamos que ainda não estamos preparados para encarar outros pratos. Jantamos e voltamos logo para o quarto.
Uma noite iluminada
Quando ligamos as luzes do quarto várias baratas fugiram e se esconderam atrás da mobília. Decidimos dormir com a luz acesa para as baratas não saírem para passear no meio da noite. Que situação.
Não tinha água quente no chuveiro e o Douglas foi falar na recepção…
– Nosso chuveiro está frio.
– Agora não tem água quente.
– Mas disseram que era água quente 24 horas.
– É sim, mas agora não tem.
– Como não? Não é 24 horas?
– É, mas agora não tem…
– Quando vai ter?
– Amanhã às 9 da manhã…
Desisti…
E assim foi a nossa estréia na tão aguardada Índia.
Para planejar o seu roteiro na Índia, leia os outros posts aqui e para saber onde ficar, veja as opções de onde se hospedar em Calcutá. Os passeios, as atividades imperdíveis em Calcutá e os transfers você encontra aqui.
po, mo estressante essa cidade, ninguem quer ajudar a gente aqui, nem os taxistas
querem nos levar pros lugares, dois dias so pra comprar a passagem de trem p
varanasi, o bom eh que eh dificil acreditar q pode ficar pior, mas vai saber, melhor
nw provocar senao eles acabam dando um jeitinho indiano de complicar a vida…
esperamos que nw>>TICO
e o pessoal fala ingles ai? A pelo menos não tinha ratos… Pensou?>> Jonas Schwertner
bom ,sonho em fazer essa viagem ,pode ser extressante sim!>>
mas quando crescer(tenho 11 anos)terei alguma aventura para contar!!
peguei mutio carinho pela india pos estudo na base(não sei se vcs ja ouviram flar
desse colegio)e no folclore desse ano(2007)peguei a regiao indiana!>
>esse país é muito interessante!!suas culturas ,religioes são mutio legais!
então desejo a vcs uma otima viagem!!>
>e estou adorando ler essa aventura de vcs!>> bjÔ boa sorte
“Depois falou para um guardinha nos levar até o hotel que estávamos procurando.>
>Subimos no camburão, sentamos nos bancos duros, entre as grades, e seguimos
viagem até o hotel.”>
>… vai que é aqui!!!!!>>
>“Tentamos matar algumas, mas desistimos. Se ficarmos matando todas as baratas não
vai sobrar tempo para passear…”>
>… não é aí que os animais são sagrados? hihihi>>
>“A entrada no trem foi “fácil”, nem precisamos caminhar. As pessoas do tumulto
nos levaram para dentro do vagão automaticamente… ” caraaaaaaca.>>
>“Aqui as leis da física não fazem muito sentido. Dois corpos podem sim ocupar o
mesmo espaço, ou pelo menos tentam…” Tava vendo que a Índia tem 308,32 habitantes
por km2, imagina!!!!!>>
>“Como não? Não é 24 horas?>
>– É, mas agora não tem…>
>– Quando vai ter?>
>– Amanhã às 9 da manhã…>
>Desisti…”>
>hahahaha falar pra quê???????
Nossa que sacrificio hein?>já estou até sofrendo por vcs…>que estrese…>>bjs e boa viagem!
Nayara!>
>Sempre corra atras de seus sonhos, viu.
>Eles com certeza podem se realizar.>
>Nao conhecemos o seu colegio, nao. Onde fica?>
>Que legal que a India te interessa, realmente e um pais bem diferente do nosso…
>Obrigadao pela forca!!
>Esperamos te ver sempre por aqui…>
>BJOOO
Jonas>
>Falam um ingles dificil de entender por causa do sotaque indiano.>
>Tinha ratos na recepcao do hotel…>Esquecemos de contar…>
>Abracos!!
Dete!>
>heheh melhor nem pensar…>
>As baratas tambem sao sagradas?
>Pode ate ser, mas fora do nosso quarto…>heheh>
>O metro de Calcuta estava muuuito cheio naquela hora.>
>308,32 habitantes por km2?!?!>Ta explicado entao.>
>Esse pais vai ser um otimo tratamento anti-stress…
Depois daqui nada mais vai nos estressar…>>Bjoooooooo
Mae!>Sacrificio mesmo…>Nao sofre nao…>so aproveita…>bjoooooooo
Douglas e Júlia, vi que vocês estavam no Japão antes de ir parar na Índia, né?
Putz, admiro a coragem de vocês, porque também moro no Japão e aqui convivi com
indianos em um alojamento de estudantes e posso te garantir que aí na Índia eu
não piso! kkkkkkk! Pow, cá pra nós, o povo é muito imundo, sujo mesmo…Bangladesh,
idem. E agora com essa descrição de vocês, acho que vou deixar para ver só nas fotos mesmo. Abração e Boa sorte na viagem. Bruna