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Dia 32 – Desvio de rota para conhecer uma colonia galesa, Gaiman

{Terça, 26 de março de 2019} Mais um dia bonito amanheceu, ainda bem, pois hoje vamos fazer um desvio de rota para conhecer uma colonia galesa chamada Gaiman.

Essa foi uma dica do Gastón, o dono do Hi Patagonia Hostel. Sabe, nada melhor do que dicas de quem vive no lugar.

Nos despedimos de mais um amigo que fizemos nessa viagem. Antes de pegar a estrada paramos no letreiro de Puerto Madryn, não poderíamos ir embora sem essa foto, né.

Se você prefere ler, continue o post. Se prefere vídeo, o vlog você encontra abaixo, é só dar o play. Aproveita para seguir o canal 🙂


Partimos para conhecer essa pequena cidade, Gaiman, localizada em um desvio de uns 40 km da rota.

Cidade de Gaiman

A primeira parada na cidade foi no posto de informações turísticas, onde pegamos um mapa e as dicas sobre a cidade. A cidade é pequena e parece ser rápido visitar tudo.

Seguimos a sugestão de estacionar o carro na praça e caminhar, afinal é tudo bem pertinho.

Dá praça fomos até uma ponte pênsil, uma das primeiras da cidade e chegamos na primeira igreja, fundada junto com a cidade. Ela está fechada, então não vimos por dentro.

Primeira casa de Gaiman

Depois fomos conhecer a casa do fundador da cidade. Ele era um explorador galês, já tinha viajado para várias partes do mundo e achou que poderia ser um bom local, protegido dos ventos patagonicos, para desenvolver uma cidade.

Não havia nada, mas havia o rio que serviria de transporte de produtos do porto de Puerto Madryn até Gaiman, para iniciar o desenvolvimento da cidade.

Um fluxo de imigração foi criado anos depois, quando a agricultura passou a ser possível na cidade, graças ao desenvolvimento da irrigação artificial. E assim muitos galeses passaram a viver no local.

Quando o transporte fluvial não foi mais tão eficiente, começaram a construir uma ferrovia. Ela não existe mais, deu lugar ao transporte rodoviário.

Acho que o fundador não ficou tão feliz quanto imaginou, pois até ele saiu da cidade depois de alguns anos, e nunca mais foi visto. Mas ficou esse vilarejo com algumas construções típicas, a tradição do chá galês e algumas famílias ainda preservam seus costumes.

Alguns prédios históricos de arquitetura típica galesa

Visitamos a primeira escola da cidade, que ainda está ativa. A arquitetura é uma graça, nem parece uma escola.

Depois o antígo local dos correios, que hoje é uma casa comum, mas segue identificada como patrimônio histórico de Gaiman.

A escola e os correios ficam na rua Michael D Jones, a que tem mais casas típicas.

Museu ferroviário de Gaiman

Fomos até o túnel do trem que passava pela cidade, quando ele estava no auge e transportava madeira e carvão para Puerto Madryn. Aqui o túnel fica fechado as vezes, mas é só pedir para o pessoal do Posto de Informações turísticas que eles abrem o museu do túnel.

O túnel é muito escuro e frio demais. A cada poucos metros tem fotos contando a história da cidade e da ferrovia. No final um vídeo com alguns depoimentos. Bem interessante.

E também fomos na antiga estação de trem que é um charme. Pena que estava fechada hoje, mas rendeu algumas belas fotos e vídeos por fora.

O engraçado é que a cidade supostamente é turística, mas pareceram estranhar turistas tirando fotos na estação ferroviária rsrs. Será porque fizemos um ensaio fotográfico??

O tradicional chá Galês

Ah, claro que fomos conhecer o famoso e tradicional chá galês de Gaiman. Se até a princesa Diana veio até aqui para provar, porque nós não provaríamos?!

Fomos em uma casa tradicional e a família toda estava trabalhando, vó, mãe e neta, todas com roupas típicas e um sorriso no rosto.

Pedimos o tradicional completo. Veio um bule enorme de chá, que elas vão repondo por um mais quentinho, um prato de tortas doces, com a tradicional torta negra, e algumas opções de salgados.

Ainda bem que decidmos não almoçar e ir direto para o chá, é quase um café colonial de Gramado, com menos opções, mas muito bem servido.

Não conseguimos comer tudo, então pedimos para embrulhar para viagem rsrs.

Pronto, agora vimos tudo sobre a cidade, sua história, cultura, arquitetura e gastronomia. Que cidade mais charmosa. Vale a pena colocar Gaiman no seu roteiro se você estiver de carro.

Nós passamos o dia, mas se você quiser se hospedar lá e passear sem pressa, sentindo ainda mais o clima do local, olha a única opção de hospedagem aqui.

Voltamos a Ruta Nacional 3 (RN 3) sentido sul da Argentina, rumo ao Ushuaia. Retas sem fim, como já estamos acostumados.

O plano era ter chego em Comodoro Rivadavia, mas ficou tarde e paramos para dormir em um posto no meio da estrada, no YPF de Garayalde.

Jantamos no carro e dormimos cedo.

Números do dia:

Distância percorrida: 300 km.
Tempo: 9h de estrada, paradas e passeios.
Combustível: $ 33,53/litro (aprox. R$ 3,35) em Puerto Madryn.
Entradas: $ 80,00 (aprox. R$ 8,00) por pessoa no Museu da Casa do Fundador da cidade.
Alimentação: Chá Gales $520 (aprox. R$ 52,00) por pessoa e Jantar $ 70,00 (aprox. R$ 7,00) por fatia de pizza.

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Agradecimentos aos nossos apoiadores dessa viagem:

Julia Flores

Formada em Turismo e Hotelaria, com pós-graduação em Marketing Estratégico e experiência com marketing de destinos turísticos. Amo viajar, não pelos carimbos no passaporte ou pelas selfies, mas pelo o que as viagens me proporcionam. Gosto de praticar esportes, mas também adoro ficar de preguiça no sofá em dias frios ou chuvosos.