Cambará do SulDiário Brasil

Diário de Viagem – Dia 09 – Cambará do Sul, RS

Cambará do Sul, dia 09 (16 de novembro de 2017)

Acordamos felizes por termos conhecido ontem os cânions de Cambará do Sul e ficamos gratos pela tamanha beleza que temos em terras brasileiras.

O espírito aventureiro está renovado, então aguardem que a partir de agora vai ter mais aventuras aqui no blog 😉

Antes de continuar a ler, veja nosso vídeo de Cambará do Sul e aproveita para seguir o canal 🙂

Café da manhã na Padaria Dois Irmãos

Fomos tomar nosso café da manhã na Padaria Dois Irmãos, que fica pertinho do hostel.

Optamos novamente pelo café da manhã simples, uma torrada (pão com presunto e queijo na chapa) e café preto.

O passeio será mais de leve hoje, mas com o balanço da estrada não é bom arriscar, né.

E para o lanche compramos um sanduíche para trilha, R$ 4,00, e uma garrafa de água de 2 litros, R$ 3,00.

Rota das Águas

Às 8h30, conforme combinado, o guia Guilherme da Agência da Colina Viagens e Turismo chegou na padaria para começarmos o passeio de hoje pela Rota das Águas.

E lá fomos nós para mais uma aventura em Cambará do Sul.

Depois de alguns quilômetros pela estrada asfaltada, pegamos a estrada de terra. O circuito das águas tem 50km, atravessando alguns rios, com caminhadas curtas até cachoeiras. O passeio leva em torno de 3h30.

Se você tem dó do seu carro, e do seu bolso $$$, melhor contratar uma agência e fazer o passeio em uma Land Rover, que é apropriada para estradas de terra.

Curiosidades sobre a região

Pelo caminho o Guilherme foi nos contando algumas curiosidades sobre a região, como as pedras brancas que vimos pelo caminho.

Ele nos contou que eram de basalto e que na lua cheia, quando o céu está sem nuvens, a luz do luar reflete nas pedras e muitas pessoas vão para lá para ficar admirando.

E também, que existem quase 200 cânions pelo planeta, sendo que 8 ficam em Cambará do Sul.

Camping Passo da Ilha

Nossa primeira parada foi no Camping Passo da Ilha, mas para chegar lá é preciso atravessar o rio com o jipe.

Paramos em um ponto um pouco mais alto para admirar a beleza do lugar antes de nos aventurar pelas águas.

O que fazer em Cambará do Sul? Roteiro das Águas

Depois descemos e o Guilherme ficou brincando com o jipe, andando pra lá e pra cá dentro do rio.

Que experiência legal. Pena que o nível da água estava baixo, mas mesmo assim foi bem divertido.

Paramos no Camping para conhecer o lugar. A entrada custa R$ 7,00 por pessoa, pois é uma área particular.

Conhecemos a proprietária, dona Elisabeth.

Batemos um papo bem animado com ela, que também nos contou que para ficar no Camping ela oferece uma estrutura individual com fogão, geladeira e lonas, mas precisa levar sua própria barraca. tem chalé também.

O que ver e fazer em Cambará do Sul? Roteiro das Águas

Os preços são R$ 20,00 por pessoa para o camping, R$ 14,00 para o day use e R$ 140,00 para até 4 pessoas no chalé.

Ela também serve almoço a la minuta por R$ 25,00.

Andamos um pouco pela propriedade para conhecer e depois partimos para a próxima parada.

Passo do S

Seguimos por mais alguns quilômetros por estrada de terra, passando por algumas porteiras em que é preciso parar o carro, abrir, passar com o carro, fechar a porteira, para seguir viagem.

O Passo do S é uma travessia de 80 metros pelo rio Tainhas, e o nome é justamento pelo caminho dentro do rio que é em formato de S.

O que ver e fazer em Cambará do Sul? Passeio de lande rover na água

Depois de atravessar, paramos o carro e o Guilherme nos levou caminhando por uma trilha até um ponto onde conseguimos ver a cachoeira do Passo do S meio de lado.

O que ver e fazer em Cambará do Sul? Cachoeira do Passo do S

Para ver mais de pertinho a cachoeira, atravessamos de novo o rio e seguimos a pé por outra trilha. Essa também é fácil e leva até um ponto onde dá para ver a cachoeira inteira pelo lado de cima.

O que ver e fazer em Cambará do Sul? Cachoeira do Passo do S

Seguindo um pouco mais, descendo o barranco por uma trilha que tem um certo grau de dificuldade, chegamos até um ponto onde dá para ver a queda d’água de baixo para cima.

O que ver e fazer em Cambará do Sul? Trilha até a cachoeira do Passo do S

Ficamos um pouco parados apreciando a beleza do lugar. E também aproveitando para descansar, porque cansa um pouquinho esse trecho.

Cachoeira dos Venâncios

E lá fomos nós para a última parada do circuito das águas, a Cachoeira dos Venâncios.

Andamos mais alguns quilômetros de jipe e passamos por mais algumas porteiras. O Douglas não aguentou o cansaço de ontem e balanço da estrada e tirou um cochilo, não sei como consegue dormir com o tanto que chacoalha. 😀

Logo na entrada fica a casa da família. Uma senhora veio nos receber com uma prancheta na mão, perguntou quantas pessoas eram e a cidade de origem. Pagamos R$ 10,00 cada um para entrar.

O Guilherme nos levou a pé pela trilha para ver as quatro quedas d’água do rio Camisas.

O que ver e fazer em Cambará do Sul? Cachoeira dos Venâncios

Pelo caminho alguns avisos para tomar cuidado com as cobras (cascavel). :O Fiquei com medo de dar de cara com esses bichinhos.

O que ver e fazer em Cambará do Sul?

A infraestrutura é pouquíssima, mas a beleza do lugar impressiona.

Andamos mais um pouco até outros dois pontos onde dá pra ver melhor as quedas d’água.

O calor era grande e o Douglas resolveu se refrescar e acompanhou o Guilherme por dentro do Rio para ver as quedas mais de perto.

Tava muuuito quente, mas eu preferi ficar na sombra. Só molhei os braços e o rosto. A água estava geladinha.

A Cachoeira dos Venâncios é um lugar bem legal para passar meio período ou o dia inteiro, como os moradores da região costumam fazer aos finais de semana.

O que ver e fazer em Cambará do Sul? Cachoeira dos Venâncios

E assim terminamos nosso passeio pela Rota das Águas. Depois de mais estrada de terra, o Guilherme nos deixou no restaurante Taberna e nos despedimos.

Almoço no restaurante A Taberna

Já era 14h quando chegamos no restaurante A Taberna, um lugar muito bonito, com uma decoração que é uma graça. Fica bem perto do hostel. Aliás tudo é perto do hostel 😀

Onde comer em Cambará do Sul? Restaurante A Taberna

Quem nos recebeu foi a proprietária Luci, que nos ajudou a escolher os pratos. São várias opções de sabores, você escolhe o recheio e se o quer como risoto ou panqueca.

Eu escolhi o risoto Cabana Café, que é com salame, queijo colonial, copa e geleia de physalis.

Onde comer em Cambará do Sul? Restaurante A Taberna

E o Douglas optou pela panqueca Casebre, que é de estrogonofe de carne com champignons e muçarela.

Onde comer em Cambará do Sul? A Taberna

E para acompanhar, suco de uva. E que delícia de suco, o melhor até agora.

Perguntamos para o Luci de onde era o suco e ela nos contou que era da família Slomp, da cidade de Forqueta, a uns 150 km de Cambará.

Enquanto esperávamos pelo almoço, nossa carona para o hotel Parador nos avisou que sairia às 15h. Então nossa programação de fazer rapel foi cancelada, até porque estava prevista uma super chuva.

Para não atrasarmos muito, a Luci nos fez uma super gentileza e levou o Douglas de carro até o hostel para buscar a mala, assim a gente poderia sair do restaurante e ir direto.

Assim que chegaram de volta o almoço ficou pronto.

Genteee, que delícia de comida. Comi tudinho, e olha que o prato é bem servido.

É uma super experiência gastronômica, pode ir que vale a pena.

O restaurante fica aberto todos os dias das 11h às 23h. Os valores dos risotos e panquecas são de R$ 24,00 a R$ 35,00 e o camarão na moranga custa R$ 140,00.

Parador Casa da Montanha

Assim que terminamos de almoçar, fomos encontrar o Renato. Ele trabalha no Parador Casa da Montanha e como o hotel não tem serviço de transfer para os hóspedes, ele nos deu carona em uma Toyota Rural muito bonitinha.

A hospedagem do Parador Casa da Montanha é inspiradas nos lodges africanos e nós ficamos na Barraca Luxo, que é a mais simples das 3 categorias de quartos.

Onde ficar em Cambará do Sul? Parador Casa da Montanha

A barraca em que ficamos é bem pequena e, além da cama de casal, do aparador de mala, dos criados mudos, da mobília da TV e da pia, o espaço de circulação é bem ajustado, apenas para se movimentar. O lavabo fica no quarto e o chuveiro é externo e coletivo, fica na casa de banho.

O tempo estava nublado, parecia que iria chover logo, então aproveitamos para ir tomar banho e descansar um pouco.

Onde ficar em Cambará do Sul? Parador Casa da Montanha

Cochilamos e depois fomos jantar. E o Renato veio nos atender, o mesmo que nos deu carona para o hotel.

Aqui o menu muda todos os dias e são servidas duas opções de prato principal. Adorei não precisar ficar escolhendo 😀

Como couvert foram servidos pãezinhos com patês e manteiga. A entrada foi um creme de grãos, feito de ervilha e feijão. Bem gostoso e bem servido, como sempre aqui no Rio Grande do Sul.

Onde comer em Cambará do Sul? Parador Casa da Montanha

Como prato principal eu escolhi o Arroz de Salmão, que era um risoto com pedaços do peixe, e o Douglas optou pelo Stinco de Cordeiro com batata e peperonata.

Onde comer em Cambará do Sul? Parador Casa da Montanha

Para sobremesa são diversas opções, todos doces campeiros. Eu escolhi o pudim de leite. O Douglas estava na dúvida, então pediu um pot-pourri, com um pouquinho de cada. Mas não veio pudim no dele e o Douglas reclamou que queria um pouco do meu. Vê se pode esse formiguinha. kkk

Estava tudo uma delícia. O atendimento é impecável e o ambiente é rústico e confortável.

Hora de arrumar as malas e dormir

Como nosso transporte de volta para Porto Alegre sairia de madrugada do hotel, deixamos as malas prontas e dormimos cedinho.

A saída seria bem antes do horário do café da manhã e perguntamos se poderiam preparar uma caixinha de café da manhã para levarmos. Que bom que eles fazem. Já pensou ir de jejum até Porto Alegre?

Ah! uma dica importante. Cambará do Sul não tem vários bancos como em outras cidades turísticas, nem caixa 24h que funciona. Só tem o Banrisul (com caixa 24h que segundo os moradores nunca se conecta com outros bancos) e Sicredi.

Não percam esse diário de viagem que amanhã tem mais 😀

Julia Flores

Formada em Turismo e Hotelaria, com pós-graduação em Marketing Estratégico e experiência com marketing de destinos turísticos. Amo viajar, não pelos carimbos no passaporte ou pelas selfies, mas pelo o que as viagens me proporcionam. Gosto de praticar esportes, mas também adoro ficar de preguiça no sofá em dias frios ou chuvosos.