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Dia 37 – Como é atravessar a fronteira Chile-Argentina no sentido Ushuaia

{Domingo, 31 de março de 2019} O dia amanheceu tão bonito hoje aqui em Cerro Sombrero, que deu vontade de ficar aqui tomando sol.

Acho que agora acostumamos a dormir no carro em lugares públicos. Essa noite foi no estacionamento na frente da prefeitura. Como ontem era sábado, tinha vaga e hoje ninguém vai vir também.

O que não acostumamos ainda é às vezes ter que fazer uma refeição fria nesses dias frios aqui na Ruta del Fin del Mundo.

Por isso sempre que podemos, comemos pratos quentes, para não comer tanta comida instantânea.

Se você prefere ler, continue o post. Se prefere vídeo, o vlog você encontra abaixo, é só dar o play. Aproveita para seguir o canal 🙂

Voltamos para a Ruta 257 até a fronteira do Chile com a Argentina em San Sebastián, só nesse trecho percorremos 212 km.

Mas antes de chegar na fronteira, paramos em um restaurante na beira da estrada para comer algo quente.

O Douglas pediu empanadas e acho que se arrependeu. Ele esqueceu que estamos no Chile ainda e que as empanadas argentinas é que são boas de verdade. A dele era de carne com… uva passa.

Eu pedi uma sopa para esquentar o corpo e estava uma delícia. Pedimos também chá.

E não é que a aduana chilena estava apenas uns 100 metros desse restaurante.

Aduana chilena

Estacionamos o carro, descemos e fomos até os balcões da aduana para registrar nossa saída do país.

Todos que estão no carro tem que descer, e tinha um ônibus de turismo na nossa frente, o mesmo que estava no restaurante. A sorte é que só faltava umas quatro pessoas ainda.

Na nossa vez passamos por dois balcões, no primeiro apresentamos os passaportes e entregamos o papel de permissão de entrada, aquele papelzinho que recebemos quando entramos no Chile, lembra?

E no segundo balcão apresentamos o documento do carro, carteira de motorista e o papel de permissão de trânsito de veículo que pegamos na entrada do Chile.

Foi até rápido e bem tranquilo, afinal estávamos saindo do país.

Aduana Argentina

Percorremos uns 14 quilometros de rípio entre as aduanas, um trecho bem ruim de estrada.

Na aduana Argentina pediram nossos passaportes, documento do carro e a primeira vez que eles perguntam onde vamos ficar hospedados.

Depois passamos em um segundo balcão para checar os documentos do carro e nos entregaram um papel, uma autorização para circular por essa parte da Argentina com o carro. Disse para manter esse papel para entregar quando passarmos novamente pela aduana argentina.

Depois passamos por uma espécie de revista do carro. Abriram a porta de trás, perguntaram de onde estava vindo e disse ok, boa viagem.

Uhu, estamos na Argentina novamente. Passamos uma noite no Chile e não gastamos nenhum peso chileno.

Río Grande

Chegamos na cidade e vimos uma movimentação, muitas bandeiras da Argentina hasteadas, um galpão na praça.

Pra que atiçar os curiosos, né. Lá fomos nós conferir do que se tratava.

Entramos no barracão e vimos muitas pessoas com uniformes militares, várias informações sobre as Ilhas Malvinas e gritos de guerra de “As Ilhas Malvinas são e sempre serão argentinas”.

As pessoas olhavam para nós como quem diz, quem são vocês? O que estão fazendo aqui?

Foi então que pensei na hora em tirar a camera com o microfone e perdir para entrevistar alguém, pedir para contarem o que estava acontecendo. Fomos direto em uma mulher fardada, que parecia mais simpática.

Dissemos que somos brasileiros e gostaríamos de saber o que estava acontecendo, se poderíamos gravar ela.

Prontamente ficou em postura com a coluna reta e pernas afastadas, como um soldado, e nos contou que hoje faziam 37 anos do início da Guerra nas Malvinas, quando a Argentina invadiu as Ilhas Malvinas e lutou com a Inglaterra.

Ela nos disse que esse evento acontece todos os anos para lembrar que as ilhas são argentinas e para homenagear as pessoas que participaram desse confronto.

Satisfeitos, e chamando menos atenção, saímos logo dali e fomos para o carro procurar um lugar para passar a noite.

Achamos um posto YPF coberto, ótimo pois fica mais quentinho e nos protege dos ventos patagônicos.

Vai embora ainda não!! Acompanhe aqui que amanhã é o grande dia!!! Vamos chegar em USHUAIA.

Quer saber mais sobre essa viagem? Confira esse post aqui melevadeleve.com/viagem-de-carro-pela-america-do-sul

Números do dia:

Distância percorrida: 220 km
Tempo: 3h dirigindo, umas 3 horas de paradas e aduana.
Alimentação: almoço $ 530 pesos argentinos (aprox. R$ 53,00)

Contribua para essa viagem

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Agradecimentos aos nossos apoiadores dessa viagem:

Julia Flores

Formada em Turismo e Hotelaria, com pós-graduação em Marketing Estratégico e experiência com marketing de destinos turísticos. Amo viajar, não pelos carimbos no passaporte ou pelas selfies, mas pelo o que as viagens me proporcionam. Gosto de praticar esportes, mas também adoro ficar de preguiça no sofá em dias frios ou chuvosos.