Planejamento de Viagem

O dia em que quase sofri um acidente aéreo

É ruim a turbina do avião pifar? Depende de quando pifar.

Se pifar ainda na pista, antes de correr para a decolagem, não há problema, apenas o trauma do ‘quase pifou no ar’.

Foi isso o que aconteceu comigo no voo de Madrid para Lisboa em janeiro deste ano, e o que era apenas um trauma coletivo sobre voar de Fokker 100 devido aos acidentes da TAM, tornou-se uma experiência pessoal.

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Fokker 100 nunca mais!

Fokker MK-28 nunca mais! Por que também o Fokker MK-28?

Porque para despistar os traumatizados, algumas cias aéreas chamam o Fokker 100 de Fokker MK-28, que é o nome técnico dessa aeronave.

Não entendo como uma cia aérea ainda possa utilizar aeronaves construídas há pelo menos 15 anos.

Sim, mais de quinze anos,  no site da Portugalia não há o ano de fabricação das aeronaves da frota, mas a Fokker faliu em 1997. [atualização: a Portugalia agora tem na frota apenas Embraer 190 e 195]

Agora, sempre verifico qual é a frota da cia aérea antes de comprar passagem.

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É seguro voar de Fokker 100 e Fokker MK-28

O voo Madrid-Lisboa

Enfim, o voo era Madrid-Guarulhos, com conexão em Lisboa. A passagem foi comprada com a TAP, mas o primeiro trecho é operado pela parceira regional, Portugalia.

O Fokker 100 da Portugalia estava quase na cabeceira da pista quando a turbina começou a falhar.

Alguns passageiros avisaram as comissárias, que avisaram os pilotos. Eu não vi nada, nessa hora já estava dormindo.

Quando a senhora ao meu lado me acordou, me vi em meio a um grande burburinho a bordo.

Alguns estavam histéricos, as comissárias não diziam o que de fato havia ocorrido, e vi alguns rezando.

Eu ainda estava meio perdido, pois estava muito cansado e quando acordei pensei que já tínhamos pousado em Lisboa.

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Falha na hora certa

Na hora fiquei pensando: e se o avião tivesse decolado?

Pior ainda: E se a turbina falhasse na hora crucial de levantar voo, naquele ponto da pista em que já é tarde demais para frear e abortar a decolagem? O avião iria se espatifar no final da pista?

A senhora ao meu lado comentou em espanhol, assustadíssima: você pelo menos estava dormindo, não ia ver a hora da morte. Eita, sai prá lá!

O outro ouviu e comentou: como consegue dormir na hora da decolagem? Queria ser assim, morro de medo de avião! Agora tenho mais medo ainda! Só vou andar de trem!

Mas o que aconteceu? Perguntei assustado.

Pelo que falaram, a turbina pipocou igual motor de carro velho com gasolina adulterada. Eu não vi a turbina falhando, mas as expressões nos rostos das pessoas acabaram por me traumatizar também.

Depois de uns 10 minutos parado, o piloto taxiou a aeronave devagar para fora da pista e todos os passageiros desceram para pegar um ônibus e voltar ao terminal.

Alguns queriam processar a Portugalia pelo trauma e outros só queriam voar o quanto antes para Lisboa. Os que voariam para o Brasil perderam o vôo de conexão Lisboa-Guarulhos e, assim como eu, passaram uma tarde em Lisboa para esperar o voo da noite.

Apesar de tudo, o trauma não chegou a ser tão grande para nunca mais viajar de avião, mas Fokker 100, nunca mais!!!

E você, já passou pela experiência sofrer ou quase sofrer um acidente aéreo? Espero que não!

 

Douglas Sawaki

Formado em Turismo e Hotelaria, com experiência em vendas e marketing na área do Turismo. Paulista que aprendeu a curtir São Paulo depois que deixou de ser um cara estressado. Meio sedentário, meio esportista, se é que você me entende.

9 thoughts on “O dia em que quase sofri um acidente aéreo

  • Thaysa Portela

    voei esse ano tambem, de lisboa para madrid..acho que era uma aeronaves dessas ja que era da portugalia…confesso que nao tenho medo de andar de aviao, mas nessa viagem teve um momento que fiquei muito tensa, com as maos transpirando muito, e a aeronava balançava e parecia falha no ar. foi a impressao que tive.

    • Thaysa, é tenso mesmo. Eu também não tenho medo de voar, aliás, eu gosto muito, mas realmente essa aeronave passa uma insegurança estranha.

  • Caro Backpacker, 15 anos é a média de idade dos aviões da maior parte das companhias aéreas, o Fokker 100 consegue descolar com apenas um motor e voar perfeitamente nessas condições. Veja a lista completa de acidentes com aviões Fokker neste link: http://www.fokker-aircraft.info/accidents.htm. Escusa de procurar, nem a Boeing nem a Airbus nem nenhum outro fabricante divulgam a lista de acidentes nos seus sites.

  • Realmente esse post é algo de alguem sem noção das coisas, mais um que fica repetindo a mesma historia que outros contam sobre fokker 100, tentando denegrir a imagem da aeronave, e 15 anos de uso para avião é perfeitamente normal, avião não é carro que se troca com pouca idade, tem durabilidade muito maior e manutenção muito mais bem feita.
    A suposta insegurança desse Fokker foi criada pela mídia sensacionalista que enfiou isso na cabeça das pessoas e ficam repetindo isso

    • Douglas e Júlia Sawaki

      Alvaro, não fico repetindo o que a midia diz. Isso aconteceu comigo. E o título do post é “A experiência de quase sofrer um acidente aéreo” onde eu relato o que aconteceu. Poderia ter sido com um Embraer, Boeing, Airbus, mas foi com um Fokker 100.

      Obrigado por esclarecer sobre o tempo de vida das aeronaves!

    • Douglas e Júlia Sawaki

      Voei de Fokker 100 também no trecho POA-GRU pela Avianca e a aeronave também me pareceu ‘velha’ e fez mais barulho no pouso e decolagem do que as outras aeronaves fazer. Sem denegrir, relatando apenas.

      • Antônio Cesar Moraes

        Eu também fiz esse voo! O avião parece um ônibus, de tão barulhento. Estava suja, também.

  • Leonardo Dominoni Monteiro

    O que pode ser dito, pois conhecimento retira medos infundados é que o fato do motor do avião ter falhado em qualquer momento do voo, estava longe de provocar um acidente. A aviação é segura não porque é infalível, mas porque é redundante. Caso o avião estivesse na corrida para a decolagem na hora da falha, se a velocidade fosse abaixo da V1 (velocidade de decisão) o piloto abortaria a decolagem. Seria só o susto pela brusca desaceleração, e um dos motivos pelo qual se usa o cinto de segurança. Caso a velocidade do avião fosse superior a V1 o piloto iria continuar a corrida até a V2 e decolaria o avião, pois toda a decolagem já é feita prevendo uma falha de motor, ou seja quando o avião deixa o solo ele já tem força o suficiente para subir mesmo que estivesse monomotor. Após a decolagem a tripulação faria os checks necessários e tomaria as medidas pertinentes. Agora sabendo disso, garanto que se acontecer novamente você teria uma reação diferente.

    • Leonardo, obrigado pela contribuição 🙂

Fechado para comentários.